Bolsonaristas faturam alto, privilegiados pelo Planalto
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Bolsonaristas faturam alto, privilegiados pelo Planalto


O extremista Allan dos Santos (1º à direita), em companhia de outros blogueiros bolsonaristas (Reprodução)

Uma rede de canais de youtubers ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebem informações privilegiadas de dentro do Palácio do Planalto e chegam a faturar mais de R$ 100 mil por mês, aponta inquérito dos atos antidemocráticos aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informações obtidas pelo jornal O Estado de S.Paulo, os canais bolsonaristas têm ligação com o "gabinete do ódio", investigado por promover atos antidemocráticos, com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) teve seu nome citado 43 vezes no inquérito e pode ser o comandante do gabinete.

Segundo o inquérito, os elos que ligam os youtubers - um dos principais deles, Allan do Santos - ao Planalto são Tércio Arnaud Tomaz, assessor especial do presidente da República, e Coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens.

Tércio é apontado como o homem que repassa vídeos de Bolsonaro e a grupos de WhatsApp com o os blogueiros para “discutir questões do governo”.

Anderson Rossi, dono do canal Foco do Brasil, admitiu receber a ajuda de Tércio Tomaz com vídeos de Bolsonaro para abastecer a sua página. Com isso, o faturamento do canal chegou a R$ 140 mil por mês.

Já Cid, diz que o mensageiro de Bolsonaro leva e traz recados de Allan dos Santos para o presidente. O blogueiro seria uma espécia de representante das demandas dos demais canais.

“A propaganda de conteúdo extremista no campo digital culmina, de fato, em ações subsequentes: as manifestações reais contra o Estado Democrático de Direito, criando um ciclo que se realimenta, com a difusão das manifestações pelos canais de internet dos produtores, que, por sua vez, são alardeados e replicados em perfis pessoais de redes sociais de agentes do Estado, gerando mais visualizações (difusores)”, constatou a Polícia Federal, em relatório de 9 de julho.

'Fuga' para os EUA

Allan dos Santos, embora não tenha tido sua prisão decretada pelo STF na época, 'fugiu' para os Estados Unidos, para onde foi também outro investigado no inquérito das fakenews, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que viajou em junho - no caso de Weintraub, ele foi indicado providencialmente pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para ocupar uma vaga de diretor-executivo do Banco Mundial.

Allan dos Santos é investigado no inquérito das fakenews e dos atos antidemocráticos. O primeiro apura uma rede de divulgação de informações falsas e ataques ao STF. O segundo investiga os participantes dos atos antidemocráticos, como protestos que pediam o fechamento do Congresso e intervenção militar.

Allan também foi alvo de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a suspensão no Brasil e no exterior de suas contas nas redes sociais como forma de “interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.


Com o IG

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