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Bolsonaro admite derrota em proposta do voto impresso


(Antônio Augusto/ASCOM/TSE

Após tomar conhecimento de que 15 dos 24 partidos se declaram contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso, o presidente Jair Bolsonaro praticamente jogou a toalha. Em entrevista a uma rádio da Bahia nesta segunda-feira (9), Bolsonaro admitiu que não terá apoio para fazer valer a sua vontade. Os partidos declaradamente contrários à proposta somam 330 deputados, segundo um levantamento feito pelo Globo com dirigentes e líderes das legendas. Das 22 bancadas consultadas, apenas duas, com 86 parlamentares no total, confirmam apoio ao projeto que está no epicentro da atual crise institucional entre o Palácio do Planalto e o Judiciário.

Na quinta-feira (5), a proposta já havia sido rejeitada pelos deputados da comissão especial. No dia seguinte, no entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para agradar Bolsonaro, anunciou que daria mais uma chance, enviando a PEC ao plenário da Casa para ser votada nesta semana.

Diante de uma derrota iminente, Bolsonaro preferiu culpar o presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barros, integrante também do Supremo Tribunal Federal (STF) e principal alvo de seus ataques, por defender incondicionalmente o atual modelo de votação brasileiro, segundo ele, devido à segurança e transparência das urnas eletrônicas.

Segundo Bolsonaro, o ministro Barroso "apavorou parlamentares" da oposição sobre o voto impresso, uma vez que, segundo ele, vários teriam questões relativas à Justiça Eleitoral.

Na entrevista à rádio, Bolsonaro também lembrou que o Congresso já aprovou antes o voto impresso, medida que foi derrubada pelo STF ao entender que a impressão deixa margem, comprovadamente, para violações. Em setembro de 2020, por unanimidade, o STF declarou inconstitucional a impressão do voto eletrônico.

Para aprovação da PEC seriam necessários 308 votos dos deputados. Porém, de acordo com a orientação dos partidos, a votação na Câmara teria hoje 329 votos contra e 86 votos a favor.

Confira mais abaixo como os partidos dizem que votarão.

Novo pedido de impeachment

Líder da oposição na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) anunciou nesta segunda-feira que partidos de oposição entrarão com um novo pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro. Desta vez por atentado ao livre exercício dos poderes, ameaças às eleições e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), considerando os ataques e xingamentos de Bolsonaro contra o presidente do (TSE) Luís Roberto Barroso.

"A oposição, diante desses ataques do presidente da República ao sistema eleitoral, à democracia, à ameaça de não realização das eleições, entrará com um novo pedido de impeachment na Câmara dos Deputados nesta semana, provavelmente ainda no dia de hoje, para mostrar que não aceitamos esse comportamento do presidente da República, da mesma forma que o TSE reagiu, da mesma forma que o Supremo Tribunal Federal reagiu, é hora do Congresso Nacional reagir", afirmou Molon em entrevista à Globonews.

Para Molon, a PEC do voto impresso foi criada por Bolsonaro e trazida neste momento apenas para tumultuar o processo eleitoral.

"Bolsonaro gostaria de fazer no Brasil o que (Donald) Trump fez nos Estados Unidos, tentar criar um caos em torno do processo eleitoral para evitar a consagração de sua derrota. Bolsonaro sabe que vai perder e, por isso, tenta melar as eleições", disse o deputado do Rio de Janeiro.


Veja os votos dos partidos, segundo levantamento do Globo:

CONTRA

PT - 53

PL - 41

PSD - 35

MDB - 34

PSDB - 32

PSB - 31

DEM - 27

PDT - 25

SDD - 14

PSOL - 9

AVANTE - 8

PCdoB - 8

CIDANIA - 7

PV - 4

REDE - 1

Sem partido - 1


A FAVOR

PSL - 53

PROS/PSC/PTB - 33


INDECISOS OU NÃO RESPONDERAM

REPUBLICANOS - 32

PODEMOS - 10

NOVO - 8

PATRIOTA - 6


LIBERAM BANCADA

PP - 41

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