Bolsonaro agora diz que não houve caixa-preta no BNDES
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Bolsonaro agora diz que não houve caixa-preta no BNDES


(Reprodução)

Desde 2018, quando as fakenews se intensificaram nas redes sociais dizendo que havia uma "caixa-preta" no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Jair Bolsonaro repercutiu a mentira e disse que iria abrir a caixa-preta, caso chegasse ao poder, para revelar supostos esquemas dos governos do PT para desviar recursos públicos para países e organizações ligadas ao “Foro de São Paulo”.

Nesta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro, em conversa com seguidores no cercadinho do Palácio da Alvorada, admitiu que nunca houve caixa-preta no banco estatal voltado para o crescimento de empresas brasileiras.

“Não foi caixa-preta, na verdade. Está aberto. Eu também pensava que era caixa-preta, mas está aberto no site do BNDES os empréstimos todos para outros países”, disse Bolsonaro.

O presidente, porém, não esclareceu seus apoiadores sobre o verdadeiro prejuízo milionário que a campanha fakenews causou ao BNDES.

R$ 48 milhões por nada?

Ainda em 2018, na tentativa de justificar um dos principais motores da campanha de Bolsonaro à presidência, o BNDES contratou uma auditoria externa para verificar cada contrato de empréstimo feito a empresas e governos estrangeiros. Em junho de 2019, Bolsonaro trocou o presidente nomeando para o cargo Gustavo Montezano, amigo do filho 01 Flávio Bolsonaro. Na época, o então porta-voz do Planalto, Otávio Barros, disse que Bolsonaro queria “abrir a caixa-preta do passado, apontando para onde foram investidos recursos em Cuba e na Venezuela, por exemplo”.

Um ano e 10 meses depois de iniciada, num resumo de oito páginas de relatório, a investigação concluiu que não houve nenhuma irregularidade.

Mas toda essa peripécia não saiu de graça. Após todo esse tempo e trabalho de auditoria externa para encontrar a “caixa-preta”, chegou a conta em dezembro em 2019: R$ 48 milhões.

O valor final do trabalho surpreendeu até o ex-presidente do banco Paulo Rabello de Castro, que disse ter fechado um contrato inicial, em 2018, que custava cerca de 25% desse valor.

Em janeiro de 2020, a gestão do ainda presidente do BNDES, Gustavo Montezano, explicou na Câmara dos Deputados que, conforme a demanda da investigação e seu escopo foram crescendo, foi aumentando o valor do contrato. Até chegar ao "mico" de R$ 48 milhões.

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