Bolsonaro critica ato de indígenas com caixão no Planalto
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Indígenas de 160 povos originários que estão acampados em Brasília voltaram a se manifestar nesta sexta-feira (27) contra o marco temporal e queimaram um enorme "caixão" de papelão. O ato foi em frente ao Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes.
A manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar do DF, quando indígenas atearam fogo no "caixão" com vários dizeres, como “marco temporal, não”, “fora garimpo”, “fora grileiros” e “condenação ao genocida”. O ato durou meia hora e o grupo voltou ao acampamento, que está montado próximo ao Teatro Nacional.
Não muito longe dali, enquanto participava de um evento em Goiânia, o presidente Jair Bolsonaro disse pelas redes sociais que acompanhava a manifestação, mas reagiu dizendo que "esse tipo de gente quer voltar ao Poder com ajuda daqueles que censuram, prendem e atacam os defensores da CF (Constituição Federal) e da liberdade”.
Este foi o quarto dia de protestos para pressionar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as demarcações de terras indígenas, que começou na quinta-feira, mas foi adiado para o dia 1º de setembro.
O marco temporal está ligado ao Projeto de Lei 490/2007, apoiado pela bancada ruralista, aliada do governo. A decisão, se aprovada, deve prejudicar o processo de demarcação de mais de 300 terras, onde vivem cerca de 197 mil indígenas.