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Bolsonaro defende assassino de dirigente petista


O militante bolsonarista assassino e a vítima, dirigente do Partido dos Trabalhadores (Reprodução)

Em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Planalto nesta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro relativizou o assassinato cometido pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho e declarou que "se esse cara morre de traumatismo craniano e não por causa do ferimento à bala, esses petistas vão responder por homicídio". Guaranho invadiu a festa de aniversário do guarda municipal e dirigente petista Marcelo Aloizio de Arruda e o matou a tiros, em Foz de Iguaçu (PR), na madrugada do último domingo (10).

Bolsonaro sustenta narrativa de que o militante bolsonarista, que invadiu a fest atirando, foi provocado por Marcelo.

"Grande parte da imprensa mostrou as imagens do tiroteio dentro do recinto, não mostrou o que aconteceu la fora, nada justifica a troca de tiros. A investigação está sendo concluída [...] pra gente ver que teve um problema lá fora. O cara que morreu, que tava lá na festa, jogou uma pedra no vidro daquele cara que estava com a arma, depois ele voltou e começou o tiroteio onde morreu o aniversariante", disse Bolsonaro.

Os relatos de testemunhas apontam, entretanto, que Guaranho não era conhecido de Marcelo e passou na festa gritando "aqui é Bolsonaro" e teria prometido voltar, o que veio a acontecer. Câmeras de segurança mostram ele invadindo a festa e atirando contra Marcelo.

Nas imagens de vídeo divulgadas nas mídias é possível ver dois homens que estavam presentes na festa e em momentos distintos, naturalmente revoltados com a morte de Marcelo, se aproximarem e chutarem o policial ferido por tiros de revide de Marcelo, ao ser alvejado.

"O outro foi ferido, ficou caído no chão e daí o pessoal da festa encheu a cara dele de chute. A violência, né? [Para] Os petistas, era a violência do bem, chute na cara de quem está caído no chão. Para quem não sabe direito tudo que aconteceu, as imagens demonstram os atos de violência lá dentro do recinto. Se esse cara morre de traumatismo craniano e não por causa do ferimento à bala, esses petistas vão responder por homicídio", enfatizou Bolsonaro.

Guaranho teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Paraná. A defesa do bolsonarista entrou com pedido de prisão domiciliar, caso ele se recupere dos ferimentos.

Marcelo Arruda foi enterrado nesta segunda-feira (11) em Foz de Iguaçu e deixa esposa e três filhos.

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