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Bolsonaro discutiu golpe de Estado com militares, diz Cid


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid (Reprodução)

No final do ano passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar no país. A ideia por trás do plano de golpe era impedir a troca de governo no Brasil. A informação, segundo o Globo, chegou à atual chefia das Forças Armadas, como um dos fatos relatados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.


Interlocutores da base do governo afirmam que os militares receberam a notícia desta quinta-feira (21) como uma bomba, uma vez que, no Brasil, conspirar contra o Estado Democrático de Direito é considerado crime, previsto na Constituição Federal. A notícia mancha a reputação das armas mais uma vez ao atrelar as Forças Armadas em uma suposta aventura golpista de Bolsonaro e seus aliados políticos — alguns deles ainda com apego à farda uma vez que estavam na reserva, mas haviam sido generais de alta patente.


Ainda segundo a apuração, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes, entretanto, chama a atenção que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento dele se ele o fizesse, ao contrário do Exército, que teria se recusado a participar.


Este dado, envolvendo o comandante da Marinha, é o que mais criou tensão na cúpula das Forças Armadas. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista.


Após o relato bombástico, ainda segundo o Globo, a corporação está aguardando a Justiça divulgar o conteúdo das investigações da Polícia Federal que estão em curso, "e definir os culpados do complô golpista para expulsar das FAs esses integrantes".


Ao envolver membros da cúpula das Forças Armadas, Mauro Cid provocou um alvoroço que levou o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, a comentar o caso publicamente.


"Olha, só uma coisa eu tenho absolutamente certeza cristalina, é que o golpe não interessou, não interessou em momento nenhum as Forças Armadas. São atitudes isoladas de componentes das forças, mas o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, nós devemos a eles a manutenção da nossa democracia", declarou o ministro.


A Polícia Federal (PF) tem tratado a delação de Cid com cautela e sigilo para que as informações reveladas por ele sirvam como ponto de partida para as investigações.


A defesa de Cid disse, em nota, que não comentaria o caso pois não teve acesso ao depoimento em questão.

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