Bolsonaro volta ao Brasil e minimiza joias de luxo: 'Meu reloginho'
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Bolsonaro volta ao Brasil e minimiza joias de luxo: 'Meu reloginho'


(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, às 6h40 desta quinta-feira (30), procedente de Orlando, nos Estados Unidos.


A volta do ex-presidente ao Brasil ocorre após 89 dias de sua partida, em 30 de dezembro, dois dias antes do prazo para deixar a Presidência da República.


Devido ao esquema de segurança da Polícia Federal, Bolsonaro não saiu pelo saguão de desembarque habitual e usou uma rota alternativa.


Centenas de apoiadores do ex-presidente chegaram de madrugada à área de desembarque internacional do aeroporto e se espremeram nas grades que delimitavam o espaço, alguns munidos de bandeiras e cartazes.


Enquanto aguardavam, os apoiadores cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem. Jornalistas foram hostilizados verbalmente pelos presentes.


Joias das arábias

Pego com as mãos nas joias, Bolsonaro tentou minimizar o escândalo das joias de luxo, que somam quase R$ 20 milhões, dadas como "presente" pelo governo saudita e entraram no Brasil de forma irregular e sem registro.


Bolsonaro disse que as joias recebidas por ele da Arábia Saudita têm um alto valor em decorrência de sua relação de amizade que construiu com o mundo árabe. “Agora [são] joias caras? Sim, caríssimas, até pela relação de amizade que eu tive com o mundo árabe”, disse em entrevista.


Questionado sobre qual motivo para os árabes darem presentes de luxo caríssimos, Bolsonaro disse que “eles têm dinheiro” e que é um “prazer deles” presentear. E ainda completou: “eles têm dinheiro, pô”.


Negando que tenha havido qualquer irregularidade, Bolsonaro disse que vai continuar usando o relógio Rolex cravejado de diamantes. "[Os árabes] são riquíssimos e procuram agradar as pessoas. Mas eu continuo com o meu reloginho, graças a Deus, estou feliz com ele", disse ele em entrevista à Jovem Pan.


O relógio pertence a uma terceiro conjunto de joias que Bolsonaro se apropriou. Na semana passada, por determinação do Tribunal de Contas (TCU, ele devolveu, através de seu advogado, um segundo pacote de joias. O outro pacote com joias de diamantes, que seriam destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Congonhas, quando integrantes do governo Bolsonaro tentaram introduzir ilegalmente no Brasil o material luxuoso.


Na quarta-feira (29), o TCU determinou que Bolsonaro devolva, em até cinco dias, a terceira caixa de joias da Arábia Saudita - que inclui, além do relógio Rolex, uma caneta Chopard, abotoaduras, um anel e um rosário árabe. Os itens foram levados para uma fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 bolsonarista Nelson Piquet, localizada no entorno da capital federal.


Aguardado na PF

Jair Bolsonaro é aguardado, assim como o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, e o seu ex-assessor Marcelo Câmara, para prestar depoimento na próxima quarta-feira (5) na sede da Polícia Federal, em Brasília. Todos foram intimados a depor no âmbito do inquérito que apura o escândalo das joias das arábias trazidas ilegalmente para o Brasil. As investigações estão sendo feitas pela Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral investiga os ataques às urnas eletrônicas e as tentativas de desqualificação do processo eleitoral brasileiro pelo ex-mandatário, o que poderá torná-lo inelegível para cargos públicos, caso seja condenado.


Investigado nos atos golpistas

Os discursos de Bolsonaro com teor golpista tornaram-se símbolo de uma estratégia de radicalização alimentada ao longo dos últimos três anos e que culminou na invasão às sedes dos três Poderes pela parcela extremista de seus apoiadores no dia 8 de janeiro. Levantamento feito pelo Globo aponta que, "desde o início de 2020, quando adotou uma rotina de ameaças explícitas ao Judiciário, Legislativo e às eleições, Bolsonaro fez um ataque a cada 23 dias, nos quais sugeriu rupturas institucionais". Foi em função disso que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, em 13 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar o envolvimento do ex-mandatário nos atos golpistas de 8 de janeiro.

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