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Braga Netto chamou chefe do Exército de 'cagão' e o da Aeronáutica de 'traidor'


(Foto: Isac Nóbrega/PR)

Mensagens obtidas pela Polícia Federal no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe no Brasil revelaram uma série de ofensas e xingamentos proferidos pelo general Walter Braga Netto - ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 - contra integrantes da cúpula das Forças Armadas que se opuseram aos planos golpistas. As informações são do Globo.


Braga Netto teria se referido ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, como "cagão", e pedindo que a cabeça dele fosse "oferecida", por não aderir à tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder. Irritado com a situação, ele também incentivou críticas ao então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, a quem se refere como "Traidor da pátria".


De acordo com os diálogos transcritos na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação da PF, Braga Netto teria trocado mensagens com Ailton Barros, capitão expulso do Exército, que estimulava um golpe militar em conversas com Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. Na conversa, Ailton Barros teria sugerido continuar a pressionar o general Freire Gomes e, caso ele persistisse em não aderir ao golpe de Estado proposto, "oferecer a cabeça dele aos leões". Braga Netto teria concordado com a sugestão, ordenando: "Oferece a cabeça dele. Cagão".

Mensagens do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro (Reprodução)

Segundo informações contidas na decisão de Moraes, Braga Netto ainda proferiu comentários depreciativos sobre o ex-comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Baptista Júnior. Em uma mensagem datada de 15 de dezembro de 2022, Braga Netto orientou Ailton Barros a atacar Baptista Júnior, a quem adjetivou de "Traidor da pátria".


Estas revelações surgem em um contexto em que o então presidente Jair Bolsonaro teria reunido os chefes das Forças Armadas para apresentar uma minuta golpista no início de dezembro de 2022, após ter perdido a eleição para o presidente Lula. Segundo a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria afirmado a Bolsonaro que suas tropas estavam prontas para aderir a um eventual chamamento. No entanto, o general Freire Gomes teria se posicionado contrário ao golpe, assim como o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.


O ministro Moraes ressaltou na decisão que as conversas "evidenciaram a participação e adesão de Braga Netto na tentativa de golpe de Estado, com forte atuação inclusive nas providências voltadas à incitação contra os membros das Forças Armadas que não estavam coadunadas aos intentos golpistas, por respeitarem a Constituição Federal".

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