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BRICS dá recado a Trump: 'Unilateralismo e extremismo ameaçam estabilidade'

Atualizado: 15 de fev.


Grupo se reuniu virtualmente para discutir impactos da crise climática e da IA no trabalho (Divulgação/BRICS)
Grupo se reuniu virtualmente para discutir impactos da crise climática e da IA no trabalho (Divulgação/BRICS)

Em comunicado publicado na quinta-feira (13), o BRICS mandou um recado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao apontar que o "unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global".


O texto destaca que o Brasil, assume duas grandes responsabilidades em 2025. Além de estar na presidência do BRICS, o país sediará em Belém (PA), a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), em "contexto de tensões geopolíticas que se aprofundam e que desafiam a frágil ordem multilateral internacional vigente."


"No ano passado, a presidência brasileira do G20 demonstrou ser possível alcançar consensos para a superação dos grandes desafios globais. Agora é hora de reafirmar a vocação do Brics na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países", diz o texto.


O grupo se reuniu de forma virtual na quinta-feira, para uma discussão técnica sobre os impactos da crise climática e da inteligência artificial no mercado de trabalho. De acordo com Maíra Lacerda, chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Trabalho e Emprego, os debates foram orientados pelo fortalecimento da cooperação entre os países do grupo, conforme o lema da presidência brasileira do BRICS.


"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado o potencial do BRICS como espaço para construção das soluções de que o mundo tanto precisa. Mais do que nunca, a capacidade coletiva de negociar e superar conflitos por meio da diplomacia se mostra crucial. Nosso agrupamento dialoga com todos e está na vanguarda dos que defendem a reforma da governança global", diz o comunicado.


Moeda do BRICS

Trump havia dito na quinta-feira que "o BRICS morreu". O principal ponto de atrito do presidente estadunidense com o grupo é a intenção do BRICS ter uma moeda própria. Em conversa com jornalistas, o presidente dos EUA disse que se o bloco tentar reduzir o papel do dólar no comércio, irá impor tarifas de 100% contra os produtos desses países. "Eles vão nos implorar depois. BRICS morreu no momento que eu mencionei isso."


O comunicado do BRICS destaca que a presidência do Brasil "dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos entre os membros do BRICS", além de medidas de facilitação de comércio, como a cooperação regulatória, "que poderão contribuir para o aumento do intercâmbio comercial e de investimentos."


Agenda ambiental

Ainda sobre as propostas financeiras para o grupo, o comunicado destaca a intenção de "apoiar a agenda de financiamento climático", de forma a facilitar a "implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e dos objetivos do Acordo de Paris." Logo após sua posse em janeiro, Trump anunciou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, medida que abre o espaço para o protagonismo do Sul Global sobre essa agenda.


No comunicado de quinta-feira, o BRICS aponta que, durante a COP30 em Belém, os líderes mundiais "terão o imperativo moral de fechar a lacuna entre ambição e financiamento no enfrentamento à crise climática."


"Uma nova liderança climática, baseada na solidariedade global, pode orientar a humanidade a uma resposta eficaz e equitativa à mudança do clima. Juntos, os países do BRICS têm potencial para conduzir uma mobilização renovada em favor de resultados ambiciosos para a COP-30 sem descuidar das metas e dos princípios da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável."


Saúde

O comunicado do BRICS também destaca a atuação do grupo em articulações na área da saúde por meio de "ações coordenadas transnacionais", em um momento em que o governo dos Estados Unidos anunciou sua retirada do principal organismo que coordena esforços nessa área a nível mundial, a Organização Mundial de Saúde (OMS), medida adotada por outros líderes de extrema direita, como o presidente argentino Javier Milei.


A atuação do BRICS nesse campo terá foco no combate a "doenças tropicais negligenciadas e das doenças socialmente determinadas, usualmente relacionadas a pobreza, desigualdade e condições de vida inadequadas". "A cooperação do Sul Global torna-se imprescindível para elevar os investimentos na área de pesquisa e de produção de medicamentos e vacinas. Segundo dados da OMS, cerca de 1 bilhão de pessoas são afetadas pelas doenças tropicais negligenciadas, e cerca de 40% dos casos de tuberculose ocorrem nos países do BRICS", aponta o documento.


Do Brasil de Fato

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