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BRICS deve promover nova ordem mundial, defende chanceler brasileiro


Ministro Mauro Vieira preside a 1ª reunião do BRICS em 2025 sob a presidência brasileira (Foto: Agência Brasil)
Ministro Mauro Vieira preside a 1ª reunião do BRICS em 2025 sob a presidência brasileira (Foto: Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, abriu nesta terça-feira (25) a primeira reunião de 2025 das lideranças diplomáticas do BRICS, em Brasília, destacando que, em um mundo convulsionado por crises e tensões geopolíticas, o bloco de potências emergentes deve promover nova ordem mundial.


“Neste cenário em evolução, o BRICS tem um papel crucial a desempenhar na promoção de uma ordem mundial mais justa, inclusiva e sustentável. Um mundo multipolar não é apenas uma realidade emergente. É um objetivo compartilhado”, defendeu Vieira, durante a reunião no Palácio do Itamaraty. .

O chanceler brasileiro destacou também que a ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra Mundial fracassou, observando que, em termos de segurança, há "um aumento alarmante das crises humanitárias, conflitos armados".


Na esfera econômica, ele alertou contra o processo de "desglobalização", afirmando que "políticas protecionistas, fragmentação comercial, barreiras não econômicas e a reconfiguração das cadeias de suprimentos ameaçam aprofundar as desigualdades globais".


Ele citou como uma das prioridades, na presidência brasileira do bloco, é o fortalecimento do comércio entre seus membros para “aumentar os fluxos comerciais, explorando medidas de facilitação do comércio e estimulando instrumentos de pagamento em moedas locais”.


Mauro Vieira destacou que o foro incorpora as aspirações do Sul Global e defendeu as pautas históricas da organização:


  • promoção de mecanismos financeiros alternativos;

  • reforma das instituições multilaterais de governança global e

  • expansão do uso de moedas locais.


A primeira reunião dos sherpas do BRICS, diplomatas que lideram as delegações de cada país nas negociações, segue até esta quarta-feira (26).

Mauro Vieira avaliou que os princípios do multilateralismo – que é a cooperação de vários países para atingir um objetivo comum – estão sendo testados pela nova conjuntura internacional e que instituições de longa data, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), lutam para se adaptar às mudanças recentes na política e economia global.


“As necessidades humanitárias estão crescendo, mas a resposta internacional continua fragmentada e, às vezes, insuficiente. Se quisermos enfrentar esses desafios, precisamos defender uma reforma abrangente da arquitetura de segurança global”, afirmou Mauro Vieira.


O chanceler lembrou que hoje o BRICS representa quase metade da população global, tem 39% do Produto Interno Bruto (soma dos bens e serviços produzidos, PIB) do planeta e é responsável por 50% da produção de energia no mundo.


“Este grupo do Sul Global e nosso papel na formação no futuro nunca foram tão significativos. A recente expansão do BRICS de cinco para 11 membros foi um grande desenvolvimento”, completou


Inteligência artificial

A agenda do BRICS este ano, sob a presidência brasileira, tem promovido a necessidade de se construir uma governança global da inteligência artificial (IA), que evite que a ferramenta seja usada para ampliar as desigualdades no mundo.


“[A IA] não pode ser ditada por um punhado de atores enquanto o resto do mundo é forçado a se adaptar a regras que eles não tiveram papel na formação. Devemos defender uma abordagem multilateral, que garanta que o desenvolvimento da inteligência artificial seja ético, transparente e alinhado com o interesse coletivo da humanidade”, defendeu Mauro Vieira.


Presidência brasileira

O Brasil assumiu a presidência do BRICS neste ano em meio à expansão do bloco, que passou a ter a Indonésia como membro permanente, além de outros nove membros parceiros.


O governo brasileiro elencou seis prioridades para as discussões do grupo:


  • Cooperação Global em Saúde

  • Comércio, Investimento e Finanças

  • Combate às Mudanças Climáticas

  • Governança de Inteligência Artificial

  • Reforma do Sistema Multilateral de Paz e Segurança

  • Desenvolvimento Institucional do BRICS.

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