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Brizola Neto fala da retomada econômica a sindicalistas

Atualizado: 25 de fev. de 2021

O Coordenador de Trabalho e Renda de Niterói, Carlos Brizola Neto, reuniu-se na manhã de hoje (23/2) com lideranças do Fórum Intersindical do Leste Fluminense para ouvir a pauta dos trabalhadores, reafirmar o compromisso de diálogo permanente do governo municipal com as categorias laborais e propor soluções conjuntas para a crise econômica e os efeitos da pandemia na região.

Brizola Neto discursa em encontro promovido pelo Fórum Intersindical do Leste Fluminense / Divulgação

Esse foi o primeiro encontro de Brizola Neto com integrantes do Fórum e aconteceu na histórica sede do Sindicato dos Operários Navais, inaugurado pelo seu tio-avô, o ex-presidente João Goulart. Estiveram presentes 20 líderes sindicais de setores como construção civil, indústria naval, metalurgia, vestuário, água e esgoto, postos de gasolina e prédios e condomínios, entre eles. Um dos assuntos foi a retomada do desenvolvimento econômico do município, com investimentos para a geração de empregos.


O coordenador destacou o papel da prefeitura na execução de projetos com potencial de abrir novas frentes de trabalho a curto prazo, como é o caso da construção civil.


"Existe hoje um conjunto de obras públicas planejadas pelo governo municipal — entre elas, a revitalização do Centro e da Alameda São Boaventura, e a urbanização de favelas — que além de gerar empregos, terá um impacto socioeconômico significativo para a cidade e para os habitantes de toda a região", afirma.


Ainda esta semana, Brizola Neto terá uma reunião com o secretário de Obras e Infraestrutura, Vicente Marins, para aferir o impacto das obras programadas pela prefeitura na contratação de trabalhadores diretos. Segundo ele, Niterói perdeu 20% dos empregos formais desde 2016. Apenas na indústria naval, que concentrava grande parte da mão de obra local, registrou-se uma queda de 170 mil para 139 mil postos de trabalho.


"Em 2020 houve uma pequena recuperação dos estaleiros em Niterói. Não existem mais as grandes encomendas de plataformas, mas o setor vem se sustentando com a construção de pequenos e médios barcos de apoio, e com a execução de reparos navais. O setor naval já representou 10% dos trabalhos formais na cidade. Hoje representa menos de 5%", comenta.


Outra preocupação do Coordenador de Trabalho e Renda é com a qualificação profissional. Segundo ele, já existem boas iniciativas, mas que precisam ser ampliadas. Uma das ideias é aproveitar os espaços do prédio do Sindicato dos Operários Navais e do Sindicato dos Metalúrgicos para cursos de capacitação, de acordo com a demanda dos setores que estão empregando.


Para Juvino Silva, coordenador do Fórum Intersindical do Leste Fluminense e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios (SEEN), o encontro foi bastante produtivo. As propostas, segundo ele, estão em sintonia com o movimento sindical.


"Não há desenvolvimento sem trabalho. Essa interlocução com a administração municipal de Niterói é de suma importância para que possamos encontrar caminhos para sair da crise e enfrentar as altas taxas de desemprego", afirmou.

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