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Butantan entrega 4 milhões de CoronaVac sob ataque de Bolsonaro


(Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Nesta segunda-feira (23), em que o presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a efetividade da CoronaVac, mais 4 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan em parceria com a China contra a covid-19 foram entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com o novo lote, o Butantan chega à marca de 78,8 milhões de imunizantes fornecidos ao Ministério da Saúde para vacinação de brasileiros.

O total de liberações já feitas representa 78% das 100 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde para a vacinação de brasileiros em todo país.

Esse lote faz parte da leva de vacinas fabricadas com a carga de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) entregue pela farmacêutica chinesa Sinovac ao Butantan no dia 13 de julho. Na ocasião, chegou ao instituto um total de 12 mil litros da matéria-prima usada para a fabricação dos imunizantes.

A matéria-prima foi envasada no complexo fabril do instiututo, na zona oeste da cidade de São Paulo, e passou por etapas como embalagem, rotulagem e controle de qualidade das doses.

As vacinas liberadas nesta manhã fazem parte do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde, com 54 milhões de doses. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio. As entregas foram iniciadas em 17 de janeiro deste ano, quando o uso emergencial do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nesta segunda, após dizer que pode liberar o uso de máscaras contra a covid-19 no âmbito do governo federal, Bolsonaro voltou a atacar a CoronaVac, que ele chama de "vacina chinesa".

"Tem uma chinesa aí, gente que tomou a segunda dose e está se infectando, está morrendo – e não é pouca gente, não. A gente espera que a Anvisa dê uma resposta a isso e o próprio Butantan dê uma resposta para isso. A população tem o direito de saber da real efetividade da vacina que está tomando”.

O Butantan já prestou esclarecimentos, apontando que a CoronaVac tem sido eficaz em prevenir casos graves e mortes, mas o alto grau ainda de circulação do coronavírus no Brasil não impede a contaminação.

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