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Cúpula Sul: Lula detona divisões ideológicas e defende moeda comum


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ao lado de onze líderes sul-americanos em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (30) a integração da região e o legado da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), afirmando que união deve estar acima das divergências ideológicas.


"A América do Sul tem diante de si, mais uma vez, a oportunidade de trilhar o caminho da união. E não preciso recomeçar do zero. A Unasul é um patrimônio coletivo. Lembremos que ela está em vigor, sete países ainda são membros plenos. É importante retomar seu processo de construção, mas ao fazê-lo, é essencial avaliar criticamente o que não funcionou e levar em conta transições", disse.


O mandatário também sublinhou que "na região, deixamos que as ideologias nos dividissem e interrompessem o esforço de integração. Abandonamos canais de diálogos e mecanismos de cooperação e, com isso, todos perdemos", disse Lula, numa reação às críticas de que a ação tenha a ver com um contexto de viés à esquerda na região neste momento.

(Foto: Marcelo Camargo/AB)

O presidente brasileiro é o anfitrião de um encontro com líderes dos países da região, no Palácio Itamaraty, que busca retomar a cooperação e investimentos dentro do continente em projetos voltados para infraestrutura, mudanças do clima, cobertura vacinal, combate aos ilícitos transnacionais, energia e defesa.


Lula também reforçou uma ideia, que já havia citado em outros fóruns, sobre estabelecer uma moeda comum local para o comércio sul-americano em vez do dólar.


Na visão do líder brasileiro, é importante a criação de uma "unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais" e mecanismos de compensação mais eficientes, segundo a mídia.


Lula também destacou que "a região parou de crescer, o desemprego aumentou e a inflação subiu" e que "alguns dos principais avanços sociais logrados na década passada foram perdidos em pouco tempo".

(Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Ideologia

O presidente também acrescentou que "no Brasil e em outros países, recentes ataques às instituições democráticas […] nos ofereceram uma trágica síntese da violência de grupos extremistas que se valem de plataformas digitais para promover campanhas de desinformação e discursos de ódio", afirmou.


"Os elementos que nos unem estão acima de divergências de ordem ideológica. Da Patagônia e do Atacama à Amazônia, do Cerrado e dos Andes ao Caribe, somos um vasto continente banhado por dois oceanos. Somos uma entidade humana, histórica e cultural, econômica e comercial, com necessidades e esperanças comuns", continuou.


Lula disse ainda que "enquanto estivermos desunidos, não faremos da América do Sul um continente desenvolvido em todo o seu potencial. A integração deve ser objetivo permanente de todos nós. Precisamos deixar raízes fortes para as próximas gerações", disse.


O presidente brasileiro fez seu discurso de abertura da cúpula e, em seguida, cada chefe de Estado presente também fez suas considerações por 15 minutos. Logo depois, foi oferecido um almoço aos presidentes seguido de outras atividades com término às 18:45h. Para os líderes que ficarem, um jantar será oferecido por Lula e a primeira-dama Janja, segundo a Agência Brasil.


Ao todo, representantes de 11 países estão no Brasil para a reunião: Alberto Fernández, presidente da Argentina; Luís Arce, presidente da Bolívia; Gabriel Boric, presidente do Chile; Gustavo Petro, presidente da Colômbia; Guillermo Lasso, presidente do Equador; Irfaan Ali, presidente da Guiana; Mário Abdo Benítez, presidente do Paraguai; Chan Santokhi, presidente do Suriname; Luís Lacalle Pou, presidente do Uruguai; Nicolás Maduro, presidente da Venezuela; e Alberto Otárola, presidente do Conselho de Ministros do Peru.

(Foto: Rafa Neddermeyer/AB)

Com a Sputnik Brasil

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