Caminhões de atos golpistas foram usados no tráfico de drogas
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviou relatório de investigações ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontando que caminhões utilizados nos bloqueios antidemocráticos e ilegais promovidos por bolsonaristas, que não aceitam a vitória de Lula (PT) nas eleições de outubro, já estiveram envolvidos em crimes como tráfico de drogas, contrabando e crime ambiental. As informações são da Folha de São Paulol
A ligação dos veículos com os crimes investigados foi possível a partir do “levantamento de placas dos veículos que participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá (MT) no dia 5 de novembro".
Na quarta-feira (7), o ministro do STF Alexandre de Moraes aplicou multa de R$ 100 mil aos proprietários dos veículos utilizados nos atos golpistas que foram identificados pelas autoridades de Mato Grosso, além de proibir a circulação e determinar o bloqueio dos documentos.
Na decisão em que mandou a polícia desbloquear rodovias naquele estado, Moraes também tornou esses veículos indisponíveis, ao determinar a proibição de sua circulação e o bloqueio de seus documentos.
Um desses caminhões, um veículo Mercedes Benz modelo Actros 265, registrado em nome da empresa Sipal Indústria e Comércio, já havia sido apreendido em outubro, mês anterior ao dos golpistas dos quais participou.
De acordo com o relatório da PRF, o veículo foi flagrado na BR-101, altura do município de Palhoça (Santa Catarina), transportando três toneladas de drogas (2,9 toneladas de maconha e 103 quilos de skank).
O motorista foi preso e conduzido, junto com o veículo, à Polícia Federal em Florianópolis. O condutor e outro homem que fazia parte do comboio relataram que ganhariam R$ 100 mil pelo serviço.
A polícia registrou oito veículos da Sipal Indústria e Comércio participando de atos golpistas nas estradas. No dia 17 de novembro, por determinação de Moraes, a conta bancária da empresa foi bloqueada.