Caso Durval: testemunhas prestam depoimento à polícia

Testemunhas do assassinato do repositor de mercado Durval Teófilo prestaram depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (16/2). O crime aconteceu no dia 2 de fevereiro, quando o trabalhador chegava em casa e foi morto a tiros pelo vizinho, o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que disse tê-lo confundido com um assaltante.
Na terça-feira (15/2), outras oitivas também foram realizadas pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), que investiga o caso. A família do repositor aguarda a realização da reconstituição do crime e a data deve ser anunciada até o final da semana. Segundo o laudo da necropsia, Durval morreu por ferimento penetrante de abdomên com lesão visceral, vascular e hemorragia interna, produzido por projétil de arma de fogo.
O sargento da Marinha, preso em flagrante, havia sido inicialmente indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, a Justiça acatou um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e alterou a tipificação do caso para homicídio doloso, quando há intenção da morte.
Após a morte do repositor, a viúva Luziane Teófilo e a filha do casal, de 6 anos, precisaram deixar o condomínio onde moravam há cerca de 15 anos, onde também ocorreu o crime. Segundo os advogados, a mulher passou a receber ameaças por cobrar publicamente Justiça para o crime cometido contra o marido. As intimidações também foram registradas na Delegacia de Homicídios.