Caso Marielle: Google diz ao STF ser contra entregar pesquisas
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Caso Marielle: Google diz ao STF ser contra entregar pesquisas

Atualizado: 25 de mar. de 2023


(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nesta semana o Google enviou um parecer para o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a entrega de dados de pessoas que pesquisaram no buscador informações sobre a agenda da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) às vésperas de seu assassinato, em março de 2018.


De acordo com a CNN Brasil, o parecer cita o risco de que, caso o STF concorde com o Ministério Público fluminense – órgão que fez o pedido dos dados – as pesquisas feitas por qualquer usuário da plataforma de buscas possam ser solicitadas por investigadores em todo o país, uma vez que a decisão do Supremo terá repercussão geral.


Além disso, a companhia alega que há risco de "confiança geral na privacidade das buscas".


O pedido do MP quer saber quem, entre os dias 10/3 e 14/3/2018, usou parâmetros de pesquisa como "Marielle Franco"; "vereadora Marielle"; "agenda vereadora Marielle"; "Casa das Pretas"; "Rua dos Inválidos, 122" ou "Rua dos Inválidos".


A mídia relata que Google e MP do Rio travam batalha judicial no caso das buscas já há cinco anos. O órgão público busca este conjunto de dados e as informações sobre quais aparelhos teriam passado por dois locais no Rio nos dias em que Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos estão judicializados.


O assassinato de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, foi um crime executado no dia 14 de março de 2018, no Estácio, região central da cidade.


Os criminosos estavam em um carro que emparelhou com o da vereadora e efetuaram vários disparos, que também mataram o motorista. Embora em fase inicial, a investigação conduzida pelas autoridades aponta para motivações políticas.


Neste período, a apuração do crime ainda não deu conta de encontrar o mandante do assassinato.


Diversas reportagens mostraram a relação de citados no caso da morte de Marielle e Anderson com a família Bolsonaro.


No decorrer das investigações ficou constatado, por exemplo, que o policial reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora, era vizinho de Bolsonaro. Ambos moravam no condomínio Vivendas da Barra, na mesma rua, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. “Não lembro desse cara. Meu condomínio tem 150 casas”, disse na época o então presidente, segundo a Folha de São Paulo.


Em 2019, o delegado Giniton Lages, então titular da Delegacia de Homicídios do Rio e um dos responsáveis pelas investigações, confirmou que a filha de Ronie Lessa namorou um dos filhos de Jair Bolsonaro, o caçula Jair Renan Bolsonaro.


Após a prisão, foi revelado que o cúmplice de Lessa na execução, o ex-PM Elcio de Vieira Queiroz, publicou uma imagem em que aparece lado a lado com Bolsonaro em 4 de outubro de 2018, às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial. Dias antes, em 25 de setembro, o mesmo perfil postou uma gravação de um show de Paulo Ricardo com a legenda "Homenagem de Paulo Ricardo (RPM) ao Capitão Bolsonaro!"


Outro importante personagem, o policial militar Ronald Alves de Paula, conhecido como Major Ronald, apontado como chefe de milícia na Zona Oeste do Rio e apontado por uma testemunha como responsável por organizar o grupo de assassinos que executariam Marielle, também foi homenageado por Flávio Bolsonaro na Alerj. Em 2004, como deputado estadual, o agora senador filho do ex-presidente celebrou uma ação comandada pelo policial que terminou com três mortes. Um ano antes, em 2003, o major foi acusado de participar da chacina de cinco jovens dentro da boate Via Show, em São João de Meriti. Em outubro do ano passado, Major Ronald foi condenado a 76 anos e oito meses de prisão por quatro homicídios qualificados e a ocultação de cadáver de um dos corpos.

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