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Celular de Cid revela reuniões secretas de Bolsonaro com vice-PGR


(Foto: Nelson Jr/SCO/STF)

Mensagens encontradas pela Polícia Federal no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), revelam “reuniões secretas” mantidas pelo então mandatário com a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Uma dessas reuniões, sempre fora da agenda oficial desde 2020, foi realizada no dia 26 de março de 2021, em meio a um dos picos de crescimento das mortes registradas no país em decorrência do avanço da pandemia de covid-19. As informações são do portal Metrópoles.


“Bolsonaro chegou a prometer, num desses encontros, nomear Lindôra para a PGR, mesmo sendo ela a pessoa designada na época pelo procurador-geral, Augusto Aras, a analisar pedidos de investigação criminal contra o então presidente”, destaca a mídia, recordando que a vice-procuradora-geral foi apresentada a Bolsonaro pelo deputado federal Alberto Fraga, na época, amigo dele.


Em outra ocasião, segundo a reportagem, Mauro Cid pediu a um outro ajudante de ordens de Bolsonaro para buscar Lindôra em seu apartamento e a levar ao Palácio do Planalto. O assessor, identificado como tenente Alencar, perguntou então se deveria 'levar ela para sala de espera do Gab PR [gabinete da Presidência da República] ou deixar na região do mezanino'”.


Desde que foi alçada, em abril do ano passado, ao segundo posto na hierarquia da Procuradoria Geral da República (PGR), Lindôra acumula uma série de arquivamentos a favor de Bolsonaro.


No momento, Lindôra é a responsável por acompanhar o inquérito que investiga a participação de Mauro Cid - preso em Brasília por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) - na falsificação dos cartões de vacinação de Bolsonaro e seus familiares, além de aliados próximos.


Nas 61 páginas de seu parecer sobre a fraude, no início de maio, a vice-PGR tentou isentar Bolsonaro de participação no crime. Ela opôs-se à busca e apreensão em endereços do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e afirmou que Mauro Cid, então braço-direito do ex-mandatário, teria "agido à revelia", ou seja sem o conhecimento dele. A tese não convenceu o ministro Alexandre de Moraes, do STF.


Em fevereiro, Lindôra também pediu o arquivamento do inquérito aberto pela Polícia Federal que investigava as declarações feitas por Bolsonaro associando as vacinas contra a covid-19 ao HIV, vírus causador da Aids.


Em novembro do ano passado, no apagar das luzes do governo Bolsonaro, Lindôra também defendeu que o STF arquivasse três pedidos de investigação contra o ex-mandatário.

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