Centrais sindicais protestam contra juros 'pornográficos'
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Centrais sindicais protestam contra juros 'pornográficos'


(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Centrais sindicais realizaram, nesta terça-feira (21), atos de protesto contra a taxa de juros definida pelo Banco Central (BC), que está em 13,75% ao ano e foi chamada de "pornográfica" pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, nessa segunda-feira (20).


Em São Paulo, o grupo se reuniu em frente à sede do banco, na Avenida Paulista, e fez um churrasco de sardinha. “A intenção é mostrar que os juros altos engordam os tubarões rentistas, enquanto, para o povo, só sobra sardinha”, explicou, em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.


Contra os 'tubarões', Centrais distribuem sardinhas em frente ao prédio do BC, em SP. (Fernando Frazão/A. Brasil)

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) começa nesta terça-feira (21) e termina quarta-feira (22), quando será divulgado o nível da taxa básica de juros da economia, a Selic, pelos próximos 40 dias. A previsão é que seja mantido o aperto monetário com a manutenção da Selic em 13,75%, mesmo com as pressões do governo federal para redução da taxa.


Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que participa da mobilização, os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), que julga processos administrativos de grandes devedores. “Em geral, [o Carf] beneficia as empresas sonegadoras, porque a maioria dos conselheiros é empresário”, diz a CUT.


Para Adriana Magalhães, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a alta taxa de juros atrasa o desenvolvimento social e é uma das principais causas da miséria no Brasil. “Se o governo pagar 13,75% de juros de dívida pública, vai faltar dinheiro para saúde, educação. Nós queremos sair dessa situação de miserabilidade e pobreza que o governo Bolsonaro nos deixou.”


O ato de protesto das centrais sindicais também pede a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo governo Bolsonaro e tem mandato até dezembro de 2024.


“É um absurdo o que o Banco Central está fazendo com os trabalhadores, com o nosso país, jogando contra o nosso desenvolvimento e a retomada do crescimento. Por isso, fizemos as manifestações em várias capitais do país”, disse, em vídeo nas redes sociais, o presidente da Força Sindical.


Também participam da manifestação representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além de integrantes de movimentos populares.


A CUT registrou nas redes sociais que, além de São Paulo, foram realizados atos em pelo menos três capitais: Fortaleza, Belém e Recife. Em live, transmitida pela central, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, disse que a atual taxa de juros não estimula os investimentos no país. "Os juros nesse patamar desestimulam o investimento na produção e incentivam o investimento no rentismo, quem vive de renda, o que não gera um posto de trabalho, não coloca um grão de arroz e feijão no prato de ninguém".


No ato em Recife, o presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Fabiano Moura, ressaltou que um dos objetivos da manifestação é mostrar para a população o impacto dos juros altos na vida cotidiana, como na contratação de um financiamento imobiliário, no crédito para o agricultor familiar e nos preços dos alimentos e demais produtos. "Essa luta é fundamental para democratizar esse sistema que discute a questão dos juros no país, para que seja mais condizente com a realidade", afirmou.

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