China aprova sua 1ª patente de vacina contra a Covid

As autoridades da China aprovaram sua primeira patente para a candidata a vacina contra Covid-19. Batizada de Ad5-nCoV, a patente foi concedida à empresa biofarmacêutica chinesa CanSino Biologics, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (17) pela imprensa do país asiático.
A vacina da CanSino, desenvolvida em parceria com o Instituto Científico Militar, foi a primeira a alcançar a fase 2 dos ensaios clínicos e atualmente está na fase 3. Os resultados da segunda fase de testes clínicos mostraram que a vacina é segura e induz resposta imune contra o coronavírus Sars-Cov-2, segundo pesquisa publicada no final de julho na revista científica The Lancet.
Segundo o Global Times, a vacina tem um mecanismo semelhante à Sputnik V, da Rússia, com os dois países colaborando amplamente, tanto no desenvolvimento como na produção em massa das vacinas.
A CanSino anunciou a realização da fase 3 de ensaios clínicos na Rússia. A empresa chinesa também negocia com o Brasil e o Chile para o lançamento de testes.
A patente foi solicitada ainda em 18 de março, mas só foi aprovada na última terça-feira (11). Xu Xinming, advogado especializado em direitos de propriedade intelectual, afirmou ao Global Times que a China tem um sistema de exame de patentes comparativamente rigoroso e completo, exigindo que uma tecnologia ou produto seja fundamentalmente diferente das tecnologias e produtos similares existentes em todo o mundo para que a patente seja concedida.
Semanas antes, os EUA alegaram roubo de dados dos principais desenvolvedores de vacinas do país norte-americano contra o coronavírus, com a China dizendo que Pequim liderava o desenvolvimento no campo e estava mais preocupada com outros países roubando suas pesquisas.
Tao Lina, especialista em vacinas, negou as acusações "sem fundamento" vindas dos EUA, referindo que na época o país norte-americano não tinha lançado experiências em alguns dos métodos usados pela Ad5-nCoV.
Com Sputnik