Dez pessoas são presas em operação no Complexo da Maré
Uma ação conjunta das polícias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo mobiliza cerca de 300 agentes, desde as primeiras horas desta quarta-feira (29/1), para sufocar financeiramente organizações criminosas que atuam no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. A ação Conexão Perdida já resultou na prisão de dez suspeitos e no bloqueio de 17 contas bancárias ligadas à lavagem de dinheiro. Vinte mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos dois estados.

A operação levou à prisão em flagrante de quatro pessoas: um por roubo de carga, outro por receptação de uma moto roubada e dois por porte de fuzil. Além disso, os policiais apreenderam quatro fuzis, duas pistolas, um simulacro de pistola, carregadores, munições, equipamentos táticos militares e drogas.
Na ação, mais de 30 barricadas foram demolidas, totalizando oito toneladas de material. Vinte veículos foram recuperados. Todos os 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

Entre os presos, está Gisele Lube, apontada como uma das responsáveis por lavar o dinheiro da organização que extorquia funcionários de empresas de internet, água e gás. Essas empresas só podiam operar nas áreas dominadas pela facção mediante pagamento de mensalidades de até R$ 10 mil. Em apenas cinco meses, a investigada movimentou R$ 27 milhões por meio de uma empresa de fachada.
"Essa ação é emblemática porque revela a grande movimentação de dinheiro dentro das comunidades. Na Maré, criminosos vindos do Espírito Santo encontravam um ambiente favorável para continuar suas atividades ilícitas e comandar suas organizações criminosas à distância. O nosso foco é asfixiar o sistema financeiro dessas organizações criminosas e mostrar que não há lugar em que o Estado não vá entrar" - afirmou o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos.
As investigações começaram em novembro de 2024, após a prisão de Luan Gomes de Faria, em Vitória. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos como “irmãos Vera”, são apontados como chefes do TCP no Espírito Santo.
Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro
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