Colapso: 11 pessoas morrem na fila de UTI em cidade de SP

(Reprodução)

Onze pessoas já morreram na "fila" a espera de leitos de UTI em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A cidade é a primeira a registrar mortes por Covid-19 por falta de leitos de UTI no estado, sendo que dois pacientes morreram nas primeiras horas desta terça-feira (9). A taxa de ocupação de leitos na Grande São Paulo é de 81,2%.

Com o sistema de saúde em colapso, por causa do aumento do número de casos da doença, o município não consegue atender a demanda. Todo o atendimento de pacientes com coronavírus vem sendo feito na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com adaptação de leitos de enfermaria para garantir a ventilação mecânica aos casos mais graves.

"Estamos com 11 pacientes entubados, 16 aguardando transferência via Cross e tivemos 11 óbitos, infelizmente, esses 11 estavam inseridos no sistema aguardando vaga em unidade de terapia intensiva", relata a secretária de Saúde do município, Thamires May, citada pelo G1.

Desde a última quarta-feira (3), Taboão da Serra não consegue transferir os casos graves para outras cidades porque o Sistema Cross, que regula vagas do SUS no estado, está em colapso.

Outras cidades do interior do estado, como Campinas e Buri, também sofrem com falta de vagas para atendimento de pacientes com coronavírus.

De acordo com dados da Secretaria estadual de Saúde, São Paulo tem 19.657 pacientes hospitalizados confirmados com doença, sendo que cerca de 11 mil pessoas estão internadas em leitos de enfermaria e outras 8.657 em leitos UTI.

A taxa de ocupação de UTIs do estado também alcançou seu maior índice histórico, com 80,9% dos leitos ocupados.

Nesta segunda (8), o governador João Doria (PSDB) anunciou a abertura de 11 novos hospitais de campanha no estado até o fim deste mês. As novas estruturas serão instaladas na capital e nas cidades de Santo André, Andradina, Santos, Barretos, Botucatu, Campinas, Ourinhos, Tupã, Itapetininga e Fernandópolis.