Com Crivella elegível, guardiões ganham cargo no estado

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na terça-feira (5) confirmar o afastamento da inelegibilidade do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella. Enquanto isso, pelo menos três integrantes do grupo Guardiões do Crivella, que davam plantão na porta de hospitais e agiam para impedir reportagens da TV Globo sobre as más condições da saúde pública na gestão do ex-prefeito, já conseguiram um novo ninho em cargos nomeados no governo do estado.
Para o TSE, não foi possível reconhecer que Crivella cometeu abuso de poder político ao usar evento da Comlurb para apresentar seu filho, Marcelo Hodges Crivella, como pré-candidato a deputado federal nas eleições em 2018. Daí, a decisão, por unanimidade, de reformar o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro em 2020 que tornou Crivella e Marcelo inelegíveis por oito anos. Os ministros aplicaram multa de R$ 15 mil ao ex-prefeito.
De acordo com a colunista Berenice Seara, do Extra, ao menos três "guardiões" foram nomeados na Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, comandada agora pelo partido Republicanos, de Marcelo Crivella. Um deles, Ahlefeld Marynoni Fernandes, conhecido como Rolifild, havia sido afastado do Conselho Tutelar por suspeita de corrupção.
A inelegibilidade de Crivella estava afastada desde outubro de 2020, quando o ministro Mauro Campbell Marques, do TSE, por meio de uma liminar, concedeu pedido feito pela defesa.
Crivella disputou as eleições do ano passado sub judice, e foi derrotado no segundo turno pelo atual prefeito, Eduardo Paes (DEM).
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