top of page

Conflitos no campo: 77% dos assassinatos foram na Amazônia

Atualizado: 12 de dez. de 2021


(Reprodução)

Dados do relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgados nesta sexta-feira (10) revelam que houve um aumento de 30% no número de assassinatos relacionados a conflitos em zonas rurais neste ano.

Até o momento, foram 26 vítimas de assassinatos, sendo oito indígenas, seis sem-terra, três posseiros, três quilombolas, dois assentados, dois pequenos proprietários e duas quebradeiras de coco babaçu. Em 2020, foram 20 assassinatos registrados pela CPT.

Os casos foram registrados entre 1º de janeiro e novembro de 2021. Entre os assassinatos deste ano, 21 ocorreram nos estados que ficam inseridos na Amazônia Legal, equivalente a 77% do total.

O número de sem-terras assassinados passou de dois, em 2020, para seis, em 2021. Mortes em consequência de conflitos dispararam, tendo um aumento de 1.044%, passando de nove, em todo o ano de 2020, para 103 registradas até o momento. Dessas, 101 foram de indígenas Yanomamis.

Entre as mortes dos indígenas Yanomami, foram pelo menos 45 crianças. Dos casos de morte em situação de conflito, destacam-se as duas crianças que foram sugadas por dragas de garimpo em outubro, e outras duas afogadas fugindo de tiros disparados pelos garimpeiros, em maio.

Todos os assassinatos de quilombolas neste ano também ocorreram na Amazônia Legal, no Maranhão. O estado registrou um terço do total de assassinatos, recorde entre as unidades federativas.

(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

A publicação destaca também o que chamou de "massacre": em 13 de agosto, três pessoas foram assassinadas no Acampamento Ademar Ferreira, em Nova Mutum, distrito de Porto Velho, pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar (PM) de Rondônia e pela Força de Segurança Nacional.

No início do ano, a Amazônia Legal foi palco de uma morte emblemática: Fernando Araújo dos Santos foi assassinado com um tiro na nuca na noite de 26 de janeiro.

Fernando era sobrevivente e testemunha chave do Massacre de Pau D’Arco, ocorrido em maio de 2017, quando policiais mataram dez sem-terra no sudeste do Pará.

O relatório apresenta também um aumento de 50% nas agressões, 200% nas ameaças de prisão, 1.100% nas humilhações e 14% nas intimidações, entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2021, em todo o Brasil, em comparação ao mesmo intervalo em 2020.

Indígenas são as maiores vítimas dos conflitos por terra na Amazônia Legal (33%), seguidos pelos quilombolas (19%). A violência contra posseiros, sem-terras e assentados foi a que mais cresceu na região.

Em 2021, 19,5% das vítimas de conflito na Amazônia Legal foram posseiros, 12% sem-terra e 7% assentados. Já os autores da violência na região são em sua maioria fazendeiros (30%) e grileiros (14%).


Fonte: Agência Sputnik

Divulgação venda livro darcy.png
Chamada Sons da Rússia5.jpg

Os conceitos emitidos nas matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal. As colaborações, eventuais ou regulares, são feitas em caráter voluntário e aceitas pelo jornal sem qualquer compromisso trabalhista. © 2016 Mídia Express Comunicação.

A equipe

Editor Executivo: Luiz Augusto Erthal. Editoria Nacional: Vanderlei Borges. Editoria Niterói: Mehane Albuquerque. Editores Assistente: Osvaldo Maneschy. Editor de Arte: Augusto Erthal. Financeiro: Márcia Queiroz Erthal. Circulação, Divulgação e Logística: Ernesto Guadalupe.

Uma publicação de Mídia Express 
Comunicação e Comércio Ltda.
Rua Gen. Andrade Neves, 9/619, Centro, Niterói, Est. do Rio,

Cep 24210-000. 

jornaltodapalavra@gmail.com

  • contact_email_red-128
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
bottom of page