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Congresso peruano aprova processo de impeachment de Castillo


(Divulgação/Presidência do Peru)

O Congresso peruano, formado por maioria de direita e conservadora, aprovou nesta segunda-feira (14) a abertura de um processo de impeachment contra o presidente de esquerda Pedro Castillo. É a segunda tentativa de destituição do presidente, que tomou posse no final de julho do ano passado.

Com 76 votos a favor, 41 contra e uma abstenção, o Congresso aprovou a abertura do processo, e a chefe do Parlamento, María del Carmen Alva, convocou o presidente para responder em 28 de março às acusações de supostas violações constitucionais durante suas funções.

O pedido de impeachment se refere a "nomeações questionáveis" de ministros e à existência de “um gabinete paralelo ou na sombra”.

Governistas denunciam uma tentativa de golpe com apoio dos meios de imprensa monopolistas.

Líder do partido governista Peru Livre, Vladimir Cerrón, diz que "a mídia prepara o terreno para acusar o presidente de liderar uma organização criminosa".

À margem do processo de impeachment, o Congresso aguarda Castillo nesta terça-feira (15) para entregar uma "mensagem" ao país, de acordo com um pedido enviado pelo presidente ao Parlamento na sexta-feira, aprovado pelos parlamentares anteriormente.

Castillo confirmou sua presença no Congresso na terça-feira, "para dizer o que estamos fazendo e o que vamos fazer por este país".

"Mas também me entristece que paralelamente a isso as artimanhas continuem e as pessoas não sejam ouvidas, porque acabaram de aprovar a moção de vacância, mas é por isso que temos que dizer ao país que viemos aqui não para roubar um centavo dele e vamos dizer isso amanhã", declarou em um discurso público.

O presidente superou em dezembro uma primeira tentativa de impeachment por falta de votos.

Para destituir Castillo, o Parlamento precisa reunir pelo menos 87 votos dos 130 parlamentares, um cenário improvável diante das divisões na oposição.


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