Contra Milei, torcidas se unem a aposentados em protesto na Argentina
Policiais federais na Argentina usaram canhões de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação de aposentados nesta quarta-feira (12), que acontecia do lado de fora do Congresso, em Buenos Aires. Além dos aposentados, torcedores de clubes de futebol encorparam a manifestação.
Os protestos acontecem às quartas-feiras há pelo menos 30 anos no país, mas, desta vez, os manifestantes foram apoiados por torcidas organizadas, organizações sociais, sindicatos e partidos de esquerda.
Durante o confronto, uma idosa foi ferida na cabeça por uma bala de borracha enquanto policiais reprimiam manifestantes que tentavam se aproximar do Parlamento.
Pelo menos 14 pessoas foram presas perto do Congresso, segundo a imprensa local, enquanto vários manifestantes, incluindo vários jornalistas que permaneceram na área, foram atingidos por spray de pimenta disparado pela polícia.
As forças de segurança formaram cordões para impedir qualquer avanço do protesto, enquanto alguns indivíduos danificaram o calçamento da praça em frente ao Parlamento e as jogaram contra os policiais.
Enquanto o legislativo aprovava a criação de uma comissão investigativa sobre a criptomoeda Libra, promovida pelo presidente Javier Milei, do lado de fora do Congresso a situação se transformava em uma batalha campal, com canhões de água disparando água contra linha de frente do protesto.
Torcedores de vários clubes foram às ruas após saberem da repressão sofrida no último protesto, há uma semana, por um torcedor aposentado do Rosário Central.
O Ministério da Segurança da Argentina anunciou na terça-feira (11) que estava preparando um protocolo especial para o protesto dos aposentados convocado para hoje. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que criou uma protocolos para enrijecer e dificultar protestos, afirmou que qualquer pessoa que fosse considerada perturbadora ou causadora de desordem seria banida dos estádios de futebol em todo o país.
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