Corregedoria vai monitorar PMs da ativa em ato bolsonarista
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo montou uma operação para impedir a presença ilegal de policiais militares na Avenida Paulista durante a manifestação bolsonarista no 7 de Setembro. Todo o efetivo será empregado na operação, inclusive os PMs que deveriam estar de folga e os da área administrativa, para "reforçar o patrulhamento disciplinar".
A decisão de coibir a presença de policiais fardados ou armados e integrantes da ativa da corporação nos atos foi informada na sexta-feira (27) ao Ministério Público estadual.
Apesar de ser ilegal, a presença de policiais militares da ativa nos atos bolsonaristas – que pregam ruptura institucional e impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – foi defendida por deputados alinhados ao presidente Jair Bolsonaro, como Coronel Tadeu (PSL) e Major Mecca (PSL), ambos oficiais da reserva da PM paulista.
No entendimento do procurador de Justiça Pedro Falabella, que atua no Tribunal de Justiça Militar, a presença dos policiais no ato é ilegal, conforme determina o Regulamento Disciplinar da PM paulista.
“É absolutamente proibido a militares da ativa a participação em manifestações políticas, bem como opinar sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico”, afirmou Falabella. Para o procurador, pode-se até discutir se o regulamento é justo ou não, mas não pode escolher se vai ou não cumpri-lo.
