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Correspondente militar da Sputnik morre em bombardeio ucraniano


(Foto: Rostislav Zhuravlev/Sputnik)

O Ministério da Defesa da Rússia informou que, por volta das 12h do horário local (6h em Brasília), as Forças Armadas da Ucrânia lançaram um ataque de artilharia contra um grupo de jornalistas das agências de notícias Sputnik e Izvestia, que preparavam materiais sobre os bombardeios da artilharia ucraniana com munições de fragmentação de povoações da região de Zaporozhie.


Como resultado de um ataque com munições cluster, ou munições de fragmentação, quatro jornalistas russos ficaram feridos, eles foram logo evacuados para receber assistência médica qualificada.


Durante a evacuação, o correspondente militar Rostislav Zhuravlev morreu devido aos ferimentos resultantes da explosão de uma submunição cluster.


O estado de saúde dos outros jornalistas é de gravidade moderada, estável e não há ameaça à vida. Eles estão recebendo todos os cuidados médicos necessários.


Segundo Yevgeny Balitsky, governador interino da região de Zaporozhie, em seu canal no Telegram, o ataque ocorreu enquanto Zhuravlev seguia da cidade de Vasilievka, na região de Zaporozhie, para a aldeia de Vladimirovka.


O fotógrafo da Sputnik Konstantin Mikhalchevsky sofreu ferimentos de diversa gravidade e agora está no hospital, onde está recebendo todos os cuidados médicos, segundo o governador interino da região de Zaporozhie, Yegveny Balitsky.


Rússia condena assassinato de Zhuravlev

Margarita Simonyan, editora-chefe da agência Rossiya Segodnya, da qual a Sputnik faz parte, junto com Balitsky, expressou suas condolências.


"Morreu o nosso correspondente de guerra, Rostislav Zhuravlev. Há outros rapazes feridos. Munições de fragmentação. Nós nos lembramos de todos e nos lembraremos de tudo", escreveu Simonyan em seu canal no Telegram.


"Com imenso pesar, o corpo jornalístico também está sofrendo perdas. Esta já é a segunda vítima para nós: nosso fotógrafo Andrei Stenin foi o primeiro a cair pela verdade logo no início da guerra em Donbass, que foi desencadeada pelo regime de Kiev em 2014. Rostislav era um profissional muito experiente, ele era o primeiro a chegar às áreas mais perigosas: Mariupol, Volnovakha, Lisichansk, Volchansk, Kupyansk, e ele era sempre o primeiro a transmitir informações precisas e importantes", elaborou Dmitry Kiselev, diretor-geral da Rossiya Segodnya.


Kiselev expressou as mais profundas condolências à sua família e entes queridos.


"Mas acreditamos que tais sacrifícios não são em vão, pois tanto o Exército quanto os correspondentes de guerra defendem ideais elevados", comentou.


O uso de munições de fragmentação é desumano e a responsabilidade pela morte dos jornalistas que foram atingidos por essas armas não é apenas da Ucrânia, mas também dos EUA, disse Konstantin Kosachev, vice-presidente do Conselho da Federação da Rússia.


Por sua vez, Dmitry Polyansky, vice-embaixador permanente da Rússia na ONU, afirmou no Twitter que os EUA estão ultrapassando todos os limites morais.


"Tudo indica que o ataque ao grupo de jornalistas não foi realizado por acaso", disse a representante da chancelaria russa, Maria Zakharova, reagindo ao assassinato do correspondente militar.


Ela observou que as estruturas internacionais vão optar, como sempre, por fechar os olhos para esse crime hediondo cometido por Kiev.


"Aqueles que forneceram munições de fragmentação aos seus protegidos em Kiev compartilharão toda a responsabilidade, e os responsáveis pelo massacre brutal serão punidos", adicionou.


Já a Embaixada da Rússia em Washington, EUA, afirmou que "os EUA são responsáveis pelo ataque ucraniano a jornalistas russos com munições de fragmentação".


Os funcionários dos EUA garantiram à comunidade mundial que os ucranianos usariam esses meios de forma 'seletiva e responsável'. A nulidade dessas palavras é óbvia para todos", disse.


Fonte: Agência Sputnik

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