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CPI mapeia testemunhos falsos e Pazuello lidera a lista


Ex-ministro da Saúde presta depoimento à CPI da Covid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é apontado como o líder do ranking das mentiras contadas em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid,, no Senado Federal. Mapeamento feito pela equipe do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), mostra pelo menos 38 declarações contraditórias ou falsas de depoentes, sendo que o general mentiu em 15 ocasiões, de acordo com o levantamento realizado durante as sessões. Os dados devem ser encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) e incluídos no relatório final, segundo integrantes da CPI. A informação foi publicada pelo Globo.

Entre as declarações do ex-ministro, desmentidas pela CPI, ele afirmou, por exemplo, que o Tribunal de Contas da União (TCU) teria feito ressalvas acerca da vacina da Pfizer. Também disse que o Ministério da Saúde não teve relação com a produção de cloroquina pelo Exército, contradizendo documentos da própria pasta.

O general negou ter sido pressionado por Jair Bolsonaro a voltar atrás nas negociações com o Instituto Butantan (SP), declaração oposta à do presidente do instituto, Dimas Covas. Bolsonaro também afirmou em uma rede social que a vacina Coronavac não seria comprada. O ex-ministro preferiu dizer que o posicionamento de Bolsonaro não atrapalhou a negociação para a compra do imunizante.

Sobre o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o levantamento apontou quatro declarações contraditórias. Queiroga disse não ter nomeado a infectologista Luana Araújo “por vontade própria”. Segundo a médica, o ministro a avisou que a Casa Civil iria vetar o nome dela. O levantamento também apontou falsidade após Queiroga afirmar que a realização da Copa América no Brasil não apresentaria riscos sanitários ao país.

Entre integrantes da CPI a avaliação é de que as autoridades foram treinadas e orientadas para tentar blindar o tempo todo o presidente Jair Bolsonaro em seus depoimentos, e sempre alegando terem autonomia para tomar decisões - o que os fatos desmentem.

A comissão chegou a discutir a possibilidade de prisão em flagrante por caso de falso testemunho, mas a ideia foi descartada pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), optando-se por encaminhar ao MPF para avaliar se houve falso testemunho. Ainda não há definição sobre quais depoentes serão incluídos no rol de suspeita de falso testemunho.

O levantamento foi parcial e não incluiu contradições do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, e de depoentes ouvidos antes dele, como os ex-ministros da Saúde Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta.

A punição prevista para o crime de falso testemunho é reclusão de dois a quatro anos e multa.

Na última sexta-feira, o relator da CPI anunciou os nomes dos 14 depoentes que passaram da condição de testemunhas para investigados. Pazuello, Queiroga e Wajngarten estão entre eles.

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