CPI mira informações de Witzel para chegar aos Bolsonaro
Atualizado: 16 de jul. de 2021

Um grupo de senadores da CPI da Covid já tem uma estratégia para tentar chegar ao presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, por meio das empresas envolvidas na investigação, como a Precisa Medicamentos no centro da apuração sobre suspeitas de corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin contra a convid-19. Entre as medidas a serem adotadas entrarão na mira desse grupo as organizações sociais (OSs), que atuam em hospitais do Rio de Janeiro, listadas no depoimento sigiloso do ex-governador Wilson Witzel, que, segundo ele, têm relação direta com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).
Também entram no foco da Comissão Parlamentar de Inquérito nomes próximos à família, como o do advogado Frederic Wassef. Senadores da CPI suspeitam que Wassef e outras pessoas ligadas aos Bolsonaro podem ser o elo entre essas empresas e o clã. Wasseff chegou a estar presente na CPI no dia do depoimento dos irmãos Miranda, que denunciaram o caso Covaxin. A presença dele foi interpretada como uma tentativa de intimidação por parte dos senadores. As informações são do Globo, que revela ainda a intenção dos senadores de usar as duas semanas do recesso parlamentar para fazer diligências inclusive no Rio de Janeiro.
O grupo também quer desvendar as conexões entre Flávio e o dono da Precisa, Francisco Maximiano. De acordo com reportagem da Veja, o filho 01 do presidente intermediou uma reunião de Maximiano com o BNDES. Flávio disse que era para tratar de empréstimo envolvendo uma outra empresa de Max - é como o empresário é conhecido no meio político em Brasília. Alguns senadores não se convenceram da justificativa.