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CPI quebra sigilo de Pazuello e Ernesto Araújo


CPI da Covid, no Senado Federal, parte para quebras de sigilo (Jefferson Rudy/Agência Senado)

A CPI da Covid, no Senado Federal, aprovou nesta quinta-feira (10) a quebra de sigilo telefônico e telemático dos ex-ministros da Saúde, general Eduardo Pazuello, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Agências de publicidade que atendem ao governo federal também entraram na lista das investigações da comissão, que tem como alvo principal o "ministério paralelo" da saúde no governo Bolsonaro.

Além deles, terão o sigilo quebrado também o auditor do Tribunal de Contas da União, chamado "Bolsonarista do TCU", autor da nota falsa sobre a quantidade de óbitos por coronavírus, e o empresário bilionário Carlos Wizard, que defende a cloroquina, é contra o lockdown e teria sido conselheiro de Pazuello - admitido pelo próprio ex-ministro em seu depoimento à CPI.

A enfermeira Francieli Fontana Fantinato, nomeada há dois meses como coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), é outra da lista, e deverá ter seu depoimento confrontado através de acareação com a infectologista Luana Araújo, que depôs recentemente. Neste caso, o pedido partiu do senador Otto Alencar (PSD-BA), que apresentou o requerimento, uma vez que Fantinato foi a responsável por editar nota técnica aos estados, recomendando a vacinação de gestantes que tinham recebido a primeira dose da AstraZeneca, com qualquer vacina que estivesse disponível, sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência. A bula do medicamento, segundo Alencar, é clara ao afirmar que o remédio não é recomendado para grávidas, e algumas delas acabaram morrendo.

Novas convocações e convites (comparecimento não obrigatório) também foram emitidos pela CPI, como a convocação do ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, e convites ao presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, e a um representante (com nome a ser definido) do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

A lista de quebra de sigilo é longa, com mais 14 nomes além dos destacados, envolvendo diversos assessores, ex-assessores, coordenadores, secretários e diretores.

Entre eles estão Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República; Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde e Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas.

Ao mesmo tempo, também foi aprovada a transferência do sigilo bancário e fiscal das seguintes empresas de publicidade: Artplan Comunicação, Empresa PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos, Calya/Y2 Propaganda e Marketing e da Associação Dignidade Médica de Pernambuco.

Nesta quinta-feira, estava no programa na CPI o depoimento do governador Wilson Lima (PSC), do Amazonas. Porém, com a decisão do Supremo Tribunal Federal de lhe dar a escolha de participar ou não, Lima optou por não comparecer.

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