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CPI vai investigar compra de vacina chinesa por R$ 5 bilhões


Sessão da CPI da Covid, no Senado (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Um novo escândalo se avizinha no governo Jair Bolsonaro por conta da compra de vacinas. Além das denúncias de indícios de corrupção na aquisição do imunizante Covaxin, da Índia, por R$ 1,6 bilhão, a CPI da Covid anunciou neste domingo (27) que vai investigar a negociação feita pelo Ministério da Saúde também para a compra de 60 milhões de doses da vacina Convidecia, do laboratório chinês CanSino, por cerca de R$ 5 bilhões. A transação com o governo brasileiro envolve uma intermediária, a BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, no Paraná, que é investigada pela Polícia Federal e apoiada por empresários bolsonaristas como Carlos Wizard e Luciano Hang.

Um dos sócios da BelCher é Daniel Moleirinho, cujo pai, Francisco Feio Ribeiro Filho, conhecido como Chiquinho Ribeiro, é ligado ao deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara e que teve o nome citado pelo deputado Luis Miranda na CPI da Covid como supostamente envolvido no esquema com a Covaxin, de conhecimento do presidente.

De acordo com as informações que chegaram à CPI, o governo assinou uma intenção de compra de 60 milhões de doses da Convidecia, do CanSino, por US$ 17 por dose, valor mais alto negociado pelo governo brasileiro para uma dose de imunizante contra a covid-19, superando os US$ 15 por dose da vacina Covaxin.

No ano passado, a BelCher Farmacêutica foi alvo da Operação Falso Negativo, contra empresas que superfaturaram preços aproveitando-se da dispensa de licitação para aquisição de testes rápidos de covid-19.

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