Crivella libera calçadão, mar e igrejas no Rio
Atualizado: 2 de jun. de 2020

O prefeito Marcelo Crivella anunciou nesta segunda-feira (1o) o plano da Prefeitura do Rio de reabertura das atividades econômicas e de redução das medidas de isolamento social na cidade. A ação será dividida em seis fases, começando a partir desta terça-feira, e terminará em agosto. O que mais chama atenção é a liberação para atividades esportivas individuais no calçadão da orla e no mar, além da abertura de templos religiosos e funcionamento de lojas de móveis e de automóveis.
O comércio de rua ainda não poderá abrir as portas. As lanchonetes, bares e restaurantes continuam apenas no sistema delivery e take away.
De acordo com o cronograma da Prefeitura, as aulas nas escolas só serão retomadas em julho, com liberação gradual das restrições para as turmas da quinta a nona série e com rodízio de alunos que irá além da última fase do cronograma.
A reabertura promovida pela Prefeitura ocorre num momento em que a cidade registra 30.014 casos confirmados e 3.671 mortes por Covid-19, nesta segunda-feira. Esses números da capital representam 56% dos casos confirmados e 67% dos óbitos ocorridos em todo o estado.
Crivella diz que tudo será monitorado e, se for necessário, haverá recuos.
– A Prefeitura está tranquila para adotar tais medidas pelo fato de que fizemos as medidas necessárias, aceleramos nosso processo e nossos números de capacidade de atendimento melhoraram muito. Mas vamos monitorar para ver as mudanças e tomar medidas urgentes em caso de necessidade – afirmou.
91% dos leitos ocupados
Crivella disse também que o número de leitos de UTI e de enfermaria é fundamental para a reabertura. No entanto, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19, na rede do Serviço Único de Saúde (SUS), no município do Rio, é de 91%. Nos leitos de enfermaria para pacientes com suspeita da doença é de 75%. A Secretaria de Saúde informa também que em toda a rede do SUS na capital fluminense, que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais, há 1.861 pacientes internados com suspeita de Covid-19, sendo 687 em UTI.
Crivella admite que o município poderá utilizar a rede privada de saúde, se for necessária.
– Tivemos notícias de que a rede privada de saúde estava fechando unidades de tratamento da Covid-19. Vamos conversar com os hospitais particulares, pedir que deixem leitos reservas e não fechem todo o sistema – disse o prefeito.
O decreto municipal que permite a reabertura será publicado no Diário Oficial desta terça-feira (02).