Presidente do Senado exige mudança nas relações exteriores
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Presidente do Senado exige mudança nas relações exteriores


Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pode estar com os dias contados no governo Bolslonaro. Nesta quinta-feira (25), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu mudanças na condução das relações diplomáticas. Para ele, houve “muitos erros” no enfrentamento da pandemia de Covid-19. "Ainda está em tempo de mudar para salvar vidas", afirmou.

“Considero que tivemos muitos erros no enfrentamento dessa pandemia. Um deles foi o não estabelecimento de uma relação diplomática de produtividade com diversos países que poderiam ser colaboradores desse momento agudo de crise no Brasil”, disse o presidente do Senado.

Ele evitou se posicionar sobre uma troca no Ministério das Relações Exteriores, atualmente sob o comando de Ernesto Araújo. “Muito além da personificação ou o trabalho de um chanceler, o que tem que se mudar é a política externa do Brasil. Evidentemente que ela precisa ser aprimorada, melhorada, as relações internacionais precisam ser mais presentes, um ambiente de maior diplomacia”.

Na visão de Pacheco, é evidente para o Congresso Nacional e para a sociedade brasileira a “necessidade de o Brasil ter uma representatividade externa melhor do que tem hoje”.

Desastre de um bolsonarista olavista

A participação do ministro em sessão no Senado para explicar as posições diplomáticas do Brasil no combate à pandemia foi considerada desastrosa e fez aumentar as pressões contra o Planalto. Mais ainda depois do pronunciamento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em tom ameaçador, dizendo que, se não houver correção de rumo, a crise pode resultar em "remédios políticos amargos" a serem usados pelo Congresso, e alguns deles "fatais" - interpretado por muitos como ameaça de um possível processo de impeachment contra Bolsonaro.

Amplamente repudiado durante a sessão, a maioria dos senadores pediu a demissão do chanceler, por avaliar que sua atuação junto a outros países para trazer vacinas e insumos para o Brasil foi também desastrosa. "Saia", "renuncie", "chega" foram palavras ouvidas por Araújo. Durante mais de cinco horas de sabatina, ele se negou a responder perguntas, escamoteou outras e foi cobrado para deixar o Itamaraty. Apesar do fiasco de um dos ministros mais fieis a Bolsonaro, a tropa de choque bolsonarista - formada basicamente pelos parlamentares do Centrão - não se deu ao trabalho de socorrê-lo.

Para piorar ainda mais a situação, Rodrigo Pacheco mandou a polícia legislativa do Senado abrir uma investigação contra o assessor da Presidência da República que acompanhava o chanceler na sessão. Durante a sabatina, o assessor Filipe Martins fez um sinal com a mão direita interpretado como obsceno, mas conhecido nos Estados Unidos como mensagem de ódio e uma alusão ao supremacismo branco.

Ernesto Araújo é um dos integrantes do governo mais identificados com a ala ideológica ou olavista - referência ao guru de Jair Bolsonaro e do bolsonarismo, Olavo de Carvalho.

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