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Dança: 'Quem nos protege, se não nós?' estreia no Rio

O espetáculo solo de dança contemporânea “Quem nos protege, se não nós?”,  coreografado e interpretado por Tiago Oliveira e sob a direção de Igor Lopes e Suelen Cristina, vai estrear no 7 de dezembro, no Mezanino do Sesc Copacabana. A temporada será de oito apresentações inéditas em horário nobre e vai até o dia 17 de dezembro.

Divulgação

O espetáculo foi selecionado para fazer parte da programação de temporadas do Edital de Cultura RJ Sesc Pulsar 2022/2023. Com o discurso organizado em um lugar social, partindo das experiências compartilhadas pelas pessoas que habitam esse mesmo espaço, o projeto propõe discussões sobre colonialidade, exploração do trabalho e violência no cotidiano urbano periférico, suas raízes e consequências.


As obras do artista plástico Jefferson Medeiros, que servem de inspiração para este espetáculo, também compõem a cenografia que utiliza materiais diversos de concreto a cápsulas de munição encontradas no circuito do artista ou de seus amigos e conhecidos que desejam colaborar com suas criações.


“Cada obra demanda uma técnica, que por vezes precisa ser desenvolvida, portanto organizo o pensamento a partir do fazer. É a partir desse lugar social onde me encontro que produzo meus trabalhos como um discurso, uma enunciação, uma epistemologia periférica de compreensão da realidade que experimento”. Seguindo essa premissa, o solo foi elaborado na perspectiva de um corpo preto entendendo a arte como uma prática decolonial", explica Jefferson.


A construção do espetáculo tem o objetivo de reforçar uma atitude ativa, libertadora, transgressora, estruturada a partir da valorização de aspectos da autorreflexão, da crítica criativa e do ativismo - pontos importantes para o fortalecimento de uma resistência às representações do racismo e do colonialismo nas práticas de criação em dança.


Quando se trata de arte preta e marginal em nada se pretende uma expressão neutra, ela possui uma postura contra-hegemônica que desafia e denuncia as mais variadas formas de opressão experimentadas no cotidiano periférico. Por isso, esse processo artístico se dá como um grito e não busca autorização, pois é uma batalha pela existência, pela vida. Logo, é um discurso de urgência.


As perspectivas coreográficas elaboradas por Tiago Oliveira têm contribuído para problematizar o racismo por meio da dança e têm revelado uma forma de organizar processos de pensamento, criação e ativismo político através do compartilhamento de dores historicamente forjadas que revelam os abusos, as violências, as desterritorializações e as ausências do corpo preto no panorama dos protagonismos da vida social.


Em seus 3 últimos trabalhos (Vira-Lata/2017; À margem/2019 e Um estranho em mim/2020) em que esteve como diretor artístico, essas perspectivas se apresentam de maneira mais enfática. E mesmo no trabalho Vidas Secas/2021, em que esteve como coreógrafo, Tiago Oliveira não deixou de refletir sobre sua formação profissional e sobre o fato de ser um corpo preto de procedência periférica, o que tem elaborado sentidos importantes para as reflexões em torno da cena preta carioca.

Processo de criação e desenvolvimento


A proposta do espetáculo surge da tentativa de criar diálogos poéticos sobre a cena preta como lugar de resistência. Um esforço de valorização destas estéticas emergentes da luta antirracista no contexto da criação em dança. A partir da exposição homônima ao espetáculo do artista plástico Jefferson Medeiros, a dramaturgia deste trabalho irá se concentrar no tratamento de temáticas vinculadas ao racismo e no fortalecimento dos processos de conscientização e restauração das poéticas pretas no contexto das Artes da Cena.


A composição cenográfica será feita com as obras do Jefferson Medeiros, que irão se expandir até o foyer (saguão, sala de espera) do Mezanino do Sesc Copacabana.


A concepção e interpretação deste projeto serão feitas pelo bailarino e coreógrafo carioca Tiago Oliveira, que vem se fortalecendo, cada vez mais, no universo da dança com uma trajetória de sucesso de seus espetáculos.


Em sua trajetória, Oliveira se pôs a questionar sobre: “Quais estratégias de composição que outros artistas negros estão desenvolvendo para problematizar a questão da discriminação racial? Que tipos de plataformas pesquisadores e artistas negros estão construindo para dar visibilidade às suas produções cênicas? Como o fato de ser negro alimenta as produções de outros artistas?”


Ficha Técnica


Concepção, coreografia e interpretação: Tiago Oliveira

Direção-Geral: Igor Lopes e Tiago Oliveira

Direção Artística: Suelen Cristina

Produção Executiva e Coordenação Técnica: Thiago Piquet

Assistente de Produção: Poliana Ribeiro

Designer de Luz:Lúcio Bragança Jr.

Videomaker: Arthur Magnum

Serviço:


Data: 07 a 17 de dezembro de 2023, quinta a domingo

Horário: às 20h30

Local: Mezanino – Sesc Copacabana

Endereço.: Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana

Duração: 45 minutos

Classificação etária indicativa: + 14 anos

Público-alvo: Pessoas de todos os gêneros, com idade acima dos 14 anos, que tenham interesse nas artes cênicas e nas discussões sociais. Foco nos artistas, educadores e participantes de projetos sociais. Artistas pretos(as)(es).

Ingressos: R$ 7,50 (associado do Sesc), R$ 15 (meia-entrada), R$ 30 (inteira)

Bilheteria - Horário de funcionamento:

Terça a sexta - de 9h às 20h; Sábados, domingos e feriados - das 14h às 20h

Informações: (21) 2547-0156


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