Defensora acusada de racismo falta a audiência na RO
A defensora pública aposentada Cláudia Alvarim Barrozo, suspeita de injúria racial, não compareceu à audiência pública marcada para as 10h desta terça-feira (10/5), na 81ª DP (Itaipu), em Niterói. À tarde, por volta das 13h, o delegado Carlos César, titular da distrital, disse à imprensa que ela teria até o fim do dia para comparecer ao local. Até o fechamento desta matéria, no entanto, a acusada não havia ido à delegacia.
Claudia Barrozo, de 59 anos, é acusada de cometer injúria racial contra dois entregadores num condomínio em Itaipu, Região Oceânica de Niterói. Além disso, ela responde a outras cinco anotações criminais por lesão corporal, constrangimento e injúria racial. Em 2016, a defensora pública foi aposentada por invalidez.
À imprensa, o delegado Carlos César disse que, caso Cláudia torne a não comparecer à audiência, ele irá remeter o relatório inquérito ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), sem a oitiva da envolvida. Para o titular da 81ª DP, as imagens e depoimentos das vítimas são cruciais para o indiciamento.
Entenda o caso
No dia 30 de abril, Claudia Barrozo chamou um entregador de "macacos", dentro do condomínio de luxo onde ela mora, em Itaipu, Niterói. O ato foi registrado em um vídeo, que ganhou repercussão e gerou indignação nas redes sociais. A defensora já havia cometido o mesmo crime contra dois outros entregadores.
A Defensoria Pública de Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota, na qual “reitera que é absolutamente contrária a qualquer forma de discriminação e tem na Coordenadoria de Promoção da Equidade Racial e no Núcleo de Combate ao Racismo e à Discriminação Étnico-Racial ferramentas capazes de colaborar para a valorização de ações afirmativas”.
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