Depois de Witzel, buscas contra governador do Pará
A Polícia Federal (PF) lançou a Operação Bellum nesta quarta-feira (10) para apurar possíveis irregularidades na compra de respiradores pulmonares para o tratamento de pacientes com a Covid-19 que podem incriminar o governador do Pará, Helder Barbalho.
Ao todo, a PF recebeu 23 mandados de busca e apreensão em sete estados brasileiros, entre eles o Pará. Um dos investigados é o governador Helder Barbalho (PMDB), além de empresários e servidores públicos estaduais.
As buscas estão sendo realizadas nos domicílios dos alvos da investigação, assim como em empresas, secretarias estaduais de Saúde, Fazenda e Casa Civil do estado do Pará, segundo informação do G1.
De acordo com as investigações, há indícios apurados pela Procuradoria-Geral da República de que Helder Barbalho teria relação próxima com um empresário que concretizou a compra de respiradores.
As investigações apontam que, além do contrato dos respiradores, a organização associada ao empresário foi favorecida por uma contratação milionária, cujo pagamento se deu antecipado no valor de R$ 4,2 milhões, e grande parte do material sofreu atraso na entrega.
Comentando as investigações, o governo do Pará declarou que "reafirma seu compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação" e argumentou que o "recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do governo do Estado".
A PF apontou que os respiradores custaram ao estado um total de R$ 50,4 milhões.
Segundo governador a ser investigado
Em 26 de maio, no contexto da Operação Placebo, o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi alvo de mandados de busca e apreensão.
A operação investiga supostas fraudes na construção de hospitais de campanha no estado durante a propagação do coronavírus.
No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que novas operações seriam feitas pela PF nos estados.
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