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Deputado bolsonarista pode se tornar réu por forjar próprio atentado

Atualizado: 17 de ago. de 2022


O deputado bolsonarista Loester Trutis (PL-MS) e as marcas de tiros, forjados, segundo a PF (Reprodução)

O deputado bolsonarista Loester Trutis (PL-MS) foi desmascarado por uma investigação da Polícia Federal após comunicar ter sido vítima de uma "emboscada" a tiros na rodovia BR-060, no Mato Grosso do Sul. Nesta sexta-feira (5), a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para transformar em réu o deputado, após ele ser acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter forjado o próprio atentado. As informações são do G1.

Relatora do caso, a ministra proferiu o primeiro voto no julgamento que deve ser concluído no próximo dia 15. A PGR cita os crimes de comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.

Eleito em 2018 defendendo as mesmas ideias do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o armamento da população, Loester procurou a Superintendência da Polícia Federal no ano passado para dizer que o carro que ele viajava, entre Sidrolândia e Campo Grande, dirigido por um assessor foi atingido por tiros. Na ocasião, foi formalizada a denúncia de suposta tentativa de homicídio. Mas, de vítima, Loester passou a ser investigado, após os investigadores e a perícia técnica chegarem à conclusão de que o "atentado" jamais ocorreu. Laudos técnicos apontaram, por exemplo, que seria extremamente improvável que Loester não tivesse sido atingido por um dos tiros se a tentativa de homicídio tivesse realmente ocorrido.

O deputado Loester exibe suas preferências em redes sociais (Reprodução)

Em seu voto, Rosa Weber disse ver indícios de que o deputado tentou explorar o episódio politicamente para promover bandeiras como porte de armas e a autodefesa por civis.

“Com efeito, constam indícios que amparam a hipótese de que os investigados teriam agido com a finalidade de capitalizar politicamente o parlamentar e promover pautas de interesse de seu mandato, como o porte de armas e a autodefesa por civis”, escreveu.

A ministra citou declarações e postagens de Loester, que se apresentou como vítima de tentativa de homicídio, para reforçar esse entendimento. Para a relatora, não há indicações de que “o alegado atentado contra a vida do parlamentar pudesse ser motivado por causas pessoais”.

Weber salientou que as investigações trouxeram indícios “robustos” a partir de laudos periciais do de exame de local, dos resíduos de disparo de arma de fogo, de informática e de balística. Também foram feitas diligências de campo, pesquisas em bancos de dados, reprodução simulada dos fatos e tomadas de depoimentos.

Conforme o G1, o deputado alega que está sendo "vítima de um refinado conluio de autoridades locais, que induziram o PGR e a ministra a erro".

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