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Desemprego no Brasil é o menor em 8 anos; ocupação bate recorde


(Reprodução)

O Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra o número recorde de 100,2 milhões de pessoas, um acréscimo de 862 mil nos últimos três meses.


A taxa de desemprego, 7,7% no trimestre encerrado em setembro, é a menor desde fevereiro de 2015, segundo o IBGE. Há um ano, estava em 8,7%.


O número de desocupados caiu 261 mil, atingindo 8,3 milhões de pessoas, com recuo de 3,6% ante o trimestre anterior.


Carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior desde janeiro de 2015. Esse dado representa saldo positivo de 587 mil pessoas (+1,6%) com carteira assinada nos últimos três meses.


O número de trabalhadores por conta própria alcançou 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 317 mil (+1,3%) na mesma comparação.


“Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.


A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais) contra 39,2% no trimestre anterior e 39,1% no mesmo trimestre de 2022.


A população desalentada, que desiste de procurar emprego, caiu 60% ante o trimestre anterior, chegando a 3,4 milhões de pessoas (menos 220 mil) e 17,7% (menos 741 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em agosto de 2016.


O número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões) e a de empregados no setor público (12,1 milhões).


Rendimento

O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.999, com alta de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% ante o mesmo período do ano passado. É a maior cifra desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (R$ 3.152).


O IBGE atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, ocupação normalmente com rendimentos maiores.

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