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Dino se solidariza com Moraes, alvo do homem-bomba


(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, alvo do bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu na frente da sede da Corte na noite de quarta-feira (13).


O autor do atentado a bomba à sede do Supremo, segundo investigações, tinha como alvo Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Conhecido como Tiü França, ele concorreu ao cargo de vereador nas eleições de 2020 em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Durante a sessão desta quinta-feira (14), Dino comentou as explosões ocorridas na frente da sede do tribunal. "Infelizmente, há uma personalização de certas decisões do tribunal, que levam a ódios especialmente concentrados. Quero consignar minha solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e sua família, uma vez que foram localizados documentos em que há uma destinação especial ao ministro", afirmou.


Flávio Dino classificou como "lenda" acreditar que Moraes decide, individualmente, os casos que relata, sem o aval dos demais ministros.


"O ministro Alexandre de Moraes decide junto com o colegiado. É vã a ideia de que alguém, monocraticamente, decide os rumos do tribunal. Não existe essa pessoa. Moraes decide com o colegiado. Isso entrou no rol da mitologia negativa do discurso político no Brasil. Isso é uma lenda", disse.


Dino também garantiu que o Supremo não vai ser emparedado por gritos e xingamentos.


"Além de ser inútil, é algo que acaba estimulando que pessoas desatinadas acabem se agregando na internet para perpetração de crimes. Por isso mesmo, aqueles que têm mais poder jurídico têm mais responsabilidade com os destinos do debate público no Brasil", completou.


Inquérito

Alexandre de Moraes foi escolhido pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para ser o relator do inquérito que vai apurar o caso do homem que se explodiu na frente da sede do tribunal.


A escolha foi feita com base na regra de prevenção. Moraes já atua no comando das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.


As investigações sobre o atentado estão a cargo da Polícia Federal.

Komen


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