Dirigentes de empresas de ônibus são presos por elo com o PCC, em SP
Um dono e dois diretores de duas empresas de ônibus que operam na cidade de São Paulo – a Transwolff (TW) e a UPBus – foram presos nesta manhã na capital em uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Há suspeita de ligação dessas pessoas com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o g1, os presos ligados às empresas são: Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como "Pandora", dono da Transwolff; Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff; e Joelson Santos da Silva, sócio e representante legal de um escritório contabilidade que, segundo o MPSP, dava suporte ao esquema da Transwolff. Foi preso também Elio Rodrigues dos Santos, que não era dirigente de nenhuma empresa nem era alvo da operação. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma em um dos endereços onde foram feitas buscas.
Outro alvo da operação, Silvio Luis Ferreira, o "Cebola", sócio da UPBus, está foragido.
Foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão em cidades da Região Metropolitana de SP e em cidades do interior paulista, sendo alvo as garagens das empresas, residências e escritórios dos envolvidos.
No total, os agentes encontraram entre os bens de luxo com os investigados, duas barras de ouro, 11 armas (sendo dois fuzis), 813 munições, joias diversas, lanchas e até um helicóptero.
A Justiça bloqueou R$ 596 milhões de 28 empresas envolvidas no esquema, entre elas a TW e a UPBus, que receberam, em contratos diversos, quase R$ 800 milhões da Prefeitura de São Paulo em 2023.
A operação tem a participação da Receita Federal, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Polícia Militar.
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a SPtrans, empresa municipal que administra o transporte coletivo na cidade assuma imediatamente a operação das linhas, que transportam mensalmente cerca de 15 milhões de pessoas. A Transwolff opera na zona sul e a Upbus na zona leste da capital.
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