Educação não é prioridade do governo Bolsonaro, diz especialista
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Educação não é prioridade do governo Bolsonaro, diz especialista


O presidente Jair Bolsonaro ao anunciar o nome de Carlos Alberto Decotelli para a Educação, escreveu em rede social que o nomeado seria "bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, Mestre pela FGV, Doutor pela Universidade de Rosário, Argentina e Pós-Doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha".

No entanto, diversas incoerências começaram a aparecer. A Universidade Nacional de Rosário, da Argentina, negou que Decotelli tenha obtido o título de doutor na instituição. Em seguida, a Universidade de Wüppertal, na Alemanha, informou que o nomeado não possuía título de pós-doutor pela universidade. Já a FGV também negou que Decotelli tenha sido professor de qualquer das escolas da fundação. Como se ainda fosse pouco, o ministro teve até dissertação de mestrado na FGV questionada, sob acusação de plágio.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político Guilherme Carvalhido, professor da Universidade Veiga de Almeida, disse que as inconsistências no comando do Ministério da Educação acabam passando a imagem de que o setor não é uma prioridade do governo Bolsonaro.

"Essa polêmica no Ministério da Educação demonstra no meu entender uma falta de políticas nesse setor no governo federal atual. Ou seja, mostra um ministério muito politizado, mas muito pouco prático, com poucas políticas de atuação em relação a educação no Brasil, muita fala, mas pouca ação", afirmou.

Pressão ideológica

Carvalhido acredita que os impasses no Ministério da Educação mostram que a pasta está sofrendo pressão ideológica muito grande por parte do governo federal.

"Mostra no meu entender um certo despreparo, uma certa falta de interesse nesse setor e sim apenas criar uma politização ideológica sobre o assunto. A gente tem que lembrar que as políticas educacionais são muito importantes para o andamento do cotidiano no Brasil", disse.

O cientista político explicou que políticas educacionais não possuem somente uma natureza ideológica, mas são feitas de ações práticas que garantam o funcionamento das instituições.

"A educação não é ideologizada apenas, ela é um fato prático, ela precisa de políticas efetivas de distribuição de renda e de distribuição de ações para que haja efetivamente ali um ponto positivo. Desta forma não tenho visto com bons olhos a educação no governo Jair Bolsonaro justamente por essa falta de interesse político em colocar práticas efetivas nesse sentido", comentou.

Guilherme Carvalhido defende, no entanto, que ainda há tempo hábil para o governo Bolsonaro mudar a imagem sobre a condução de políticas educacionais.

"Ainda dá tempo de o governo tentar fazer essa modificação, mas para isso precisa colocar pessoas e técnicos nesse sentido. Caso contrário teremos sim resultados desastrosos para a sociedade de um setor no Brasil que é bastante complicado, mas que tem uma verba significativa", completou.


Com Sputnik Brasil

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