Encontrado esqueleto de uma mulher 'vampira' na Polônia

Um esqueleto desenterrado por arqueólogos da Universidade Nicolaus Copernicus em Torun (Polônia) tem evidências de práticas "anti-vampiros" do século 17, informou o site Arkeonews no sábado (3).
A sepultura foi descoberta nos arredores da cidade de Bydgoszcz, e os restos mortais pertencem a uma mulher. Curiosamente, o cadáver mantém uma foice em volta do pescoço, e aparentemente foi colocado como parte de um ritual para evitar que a falecida se levantasse novamente, assim como um cadeado no dedão do pé esquerdo.
Os investigadores também descobriram que a mulher tinha um gorro de seda na cabeça, uma roupa cara que aponta para um alto status social. Além disso, um dente frontal saliente é uma característica facial que pode estar associada ao vampirismo na percepção de moradores supersticiosos. Aqueles que foram marcados como bruxas ou vampiros eram temidos pelos habitantes mesmo após sua morte.
“Formas de proteção contra o retorno dos mortos incluem cortar suas cabeças ou pernas, colocar o falecido de bruços para que mordam o chão, queimá-los e esmagá-los com uma pedra”, disse o professor Dariusz Polinski, que liderou a pesquisa.
Segundo os arqueólogos, esta mulher foi enterrada com muito cuidado, detalhes surpreendentes dados os costumes tradicionais contra os chamados 'vampiros'. A foice "não foi colocada na posição horizontal, mas no pescoço de tal forma que, se o falecido tentasse se levantar, a cabeça provavelmente teria sido cortada ou ferida", explicou Polinski. Por sua vez, o cadeado "simboliza o encerramento de um palco e a impossibilidade de regresso", acrescentou.
A descoberta é a primeira do gênero na Polônia e, na opinião dos pesquisadores, pode ser considerada única. Por outro lado, em 2014, foi descoberta uma pessoa enterrada perto do Mar Báltico, que teve todos os dentes superiores arrancados ao colocar um pedaço de tijolo na boca e, além disso, perfuraram sua perna para impedi-lo de sair da caverna sepultura.
Fonte: Agência RT