Envolvidos nas mortes de Dom e Bruno transferidos para Manaus
A Polícia Federal no Amazonas (PF-AM) informou neste sábado (9) que vai transferir para Manaus os quatro suspeitos de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Rubens Villar Coelho, conhecido como "Colômbia", apontado como um dos líderes do narcotráfico na Amazônia e suposto financiador das mortes de Dom e Bruno, também será transferido.
Amarildo da Costa de Oliveira, 41, conhecido como "Pelado", já saiu de Atalaia do Norte, cidade onde o repórter e o indigenista foram mortos. Jeferson da Silva Lima, o "Pelado da Dinha", e Oseney da Costa de Oliveira, 41, o "Dos Santos", irmão de Amarildo, seguem sob custódia na delegacia da cidade.
Segundo as investigações, "Colômbia" tinha relação direta com "Pelado" e foi preso em Tabatinga, cidade vizinha a Atalaia do Norte. Apesar de negar qualquer envolvimento no caso, a Polícia Federal (PF) acredita que o homem poderia chefiar também a pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari.
De acordo com o G1, "Colômbia" teria ido até uma unidade da PF em Tabatinga para declarar que não tinha qualquer envolvimento com o caso, mas foi detido no momento da identificação por apresentar documento falso. Logo depois de passar por uma audiência de custódia, na tarde de sexta-feira (8), a Justiça Federal decretou sua prisão preventiva.
A Justiça Federal já decretou a prisão preventiva dos quatro envolvidos - Amarildo, Jeferson, Oseney e "Colômbia" - que vão responder aos processos presos.
Embora a motivação das mortes de Bruno e Dom ainda não tenha sido divulgada, há suspeita de que o indigenista e o jornalista tenham sido assassinados porque Bruno era um defensor dos indígenas e combatia a pesca ilegal na região do Vale do Javari. Inicialmente julgado pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da comarca de Atalaia do Norte, no Amazonas, o caso foi transferido para a Justiça Federal no Amazonas porque a magistrada decidiu que a motivação está relacionada a crime contra os direitos indígenas, o que exige competência federal para o julgamento do caso.
Com a Sputnik
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