Esposa responsabiliza Mauro Cid por fraude no cartão de vacinação
- Da Redação
- 19 de mai. de 2023
- 2 min de leitura

Em depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (19), Gabriela Santiago, esposa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, disse aos investigadores que foi o marido quem inseriu dados falsos nos cartões de vacinação adulterados.
De acordo com o Globo, ela afirmou durante o depoimento que o marido “tomava à frente da dinâmica familiar” e que não o questionou sobre a obtenção da caderneta fraudada. Assim como o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Gabriela foi alvo de uma busca e apreensão e é investigada no inquérito que apura também os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa e corrupção de menores.
O Globo relata que teve acesso ao documento no qual Gabriela negou saber se o marido “arquitetou e capitaneou toda a ação criminosa relativa às inserções de dados nos sistemas” em benefício de Bolsonaro à revelia ou sem o conhecimento e a anuência do ex-presidente.
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Ainda de acordo com fontes da PF, Gabriela admitiu o uso do certificado falso. Ela prestou depoimento por cerca de duas horas e meia e deixou a sede da Polícia Federal em Brasília pouco depois das 17h desta sexta-feira.
A investigação sobre as fraudes em cartões de vacinação do ex-presidente e de sua filha mais nova também abarca a apuração de informações sobre a imunização de Cid e sua esposa e das três filhas do casal.
A estratégia da defesa, aparentemente, é fazer com que Gabriela responda apenas pelo uso de documento falso.
Em seu depoimento quinta-feira (18), Mauro Cid decidiu ficar em silêncio. O tenente-coronel tem outro depoimento à PF marcado na próxima segunda-feira (22). Ele continua preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), em Brasília.
Em depoimento, na última terça-feira, como era de se esperar, Bolsonaro negou ter conhecimento da inserção de dados falsos de vacinação em seu nome e no de familiares. Ele também negou ter determinado a inclusão das informações nos sistemas do Ministério da Saúde e disse não acreditar que seu ex-ajudante de ordens, que atuava como uma espécie de faz tudo para o presidente, tenha arquitetado o esquema criminoso.
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