EUA: redes sociais acusadas de lucrarem com fakes antivacinas
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O congressista democrata norte-americano Adam Schiff exortou as grandes redes Amazon e Facebook a reforçarem a luta contra a desinformação relacionada com a vacinação da covid-19.
Em cartas enviadas para as empresas Amazon e Facebook nesta quinta-feira (9), o democrata as acusou de "lucrarem diretamente com o sensacionalismo da desinformação antivacinas", atribuindo-o ao algoritmo e ao sistema de recomendações.
Tais sistemas divulgam conteúdo (fake news) que afirma que as vacinas são ineficazes, contêm microchips e podem resultar em infertilidade entre as mulheres, segundo o congressista.
"Investigações recentes mostraram que o público antivacinas cresceu para 37,8 milhões de seguidores no Facebook e Instagram", escreveu Schiff, citando um relatório do Centro de Combate ao Ódio Digital (EUA).
A polêmica em torno da desinformação nas redes sociais e a forma como ela tem sido moderada se intensificou desde as últimas eleições presidenciais americanas, após as quais o anterior presidente dos EUA foi bloqueado nas principais plataformas.
Trump e muitos republicanos alegam que as redes sociais estão limitando a liberdade de expressão quando eliminam publicações relacionadas a reivindicações sem fundamento de fraude eleitoral.
Por sua vez, o presidente Biden e outros funcionários e legisladores norte-americanos reclamam, entre outras coisas, que as plataformas não tomam medidas suficientes para lutar contra as teorias de conspiração, incluindo a campanha antivacinas.
Pouco depois da chegada da nova administração dos EUA, representantes das principais plataformas de mídia social, incluindo Google, Facebook e Twitter, testemunharam em uma audiência no Congresso sobre desinformação, respondendo às acusações relacionadas à atividade descontrolada e à desinformação.
Fonte: Agência Sputnik