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Ex-chefe do Escritório de Assuntos Brasileiros no governo Trump é condenado


Invasão do Capitólio por seguidores radicais de Donald Trump, em janeoro de 2021 (Reprodução)

A Justiça dos Estados Unidos condenou um ex-funcionário nomeado no governo de Donald Trump para o Departamento de Estado que cuidava de questões ligadas ao Brasil a quase seis anos de prisão por ter atacado policiais durante o ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021. Federico Klein é veterano do Corpo de Fuzileiros Navais.


O ex-funcionário participou junto com outros simpatizantes de Trump do ataque, quando uma multidão entrou no Capitólio em contestação ao resultado das eleições, quando o atual presidente Joe Biden venceu o republicado.


Na ocasião, o grupo passou pelo cordão formado por policiais na entrada de um túnel na Ala Oeste do palácio do parlamento norte-americano.


Segundo o processo, Klein agrediu diversos agentes, além de instigar outros agitadores a tentar impedir o fechamento das portas de entrada pela polícia. O veterano das Forças Armadas "liderou um certo implacável contra os agentes da polícia" durante a tentativa de impedir que o Congresso Nacional norte-americano certificasse a vitória eleitoral de Biden.


Suspeito recusou a se dirigir ao tribunal

Federico Klein se recusou a dirigir ao tribunal e não testemunhou em seu julgamento, quando o juiz federal Trevor McFadden fez a condenação a cinco anos e dez meses de prisão. "Suas ações em 6 de janeiro foram chocantes e atrozes", disse à AP o juiz.


Além disso, o veterano deve pagar multa de US$ 3 mil (R$ 14,7 mil), acrescidos de US$ 2 mil (R$ 9,8 mil) por conta dos danos. A data em que ele deve se apresentar na prisão ainda será determinada pelo juiz.


Durante o governo Trump, Klein atuou no Escritório de Assuntos Brasileiros e do Cone Sul do Departamento de Estado a partir de 2017. Em janeiro de 2021, um dia antes do democrata assumir a presidência dos Estados Unidos, ele renunciou ao cargo.


Para os promotores, o envolvimento de Klein nos ataques aconteceu pelo desejo do veterano em manter seu emprego de alto funcionário nomeado pela presidência. “Como funcionário do governo federal, Klein havia recebido a confiança do povo americano e tinha a obrigação de fazer cumprir a lei. Ele traiu essa confiança em 6 de janeiro quando atacou o mesmo país pelo qual era pago para trabalhar a seu favor”, enfatiza o processo.


Já a defesa afirmou que há exagero na atribuição do papel de Klein nos distúrbios devido a sua conexão política com o ex-presidente Donald Trump.


O relatório do comitê da Câmara dos Representantes sobre o ataque ao Capitólio foi divulgado no ano passado, com 845 páginas que inclui diversos documentos baseados em mais de 1.000 depoimentos e e-mails, textos e gravações telefônicas obtidas, entre outras evidências.


O relatório destaca que "nenhum dos eventos do dia 6 de janeiro teria ocorrido" sem a liderança do ex-presidente.


Entre a eleição de novembro de 2020 e os protestos no Capitólio, Trump e seu círculo "realizaram pelo menos 200 aparentes atos de sensibilização, pressão e condenação pública e privada contra os legisladores estatais, administradores estatais ou locais, para suspender os resultados das eleições", diz o relatório.


Fonte: Agência Sputnik

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