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Fenômenos extremos podem extinguir espécies da fauna brasileira

Um estudo com a participação de 20 instituições estrangeiras e brasileiras, incluindo o Instituto Tecnológico Vale (ITD-DS), Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Rio Claro, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro destaca a necessidade de ações urgentes para preservar a biodiversidade

O anfíbio Melanophryniscus cambaraensis, da Floresta Nacional de São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul - Foto: Márcio Borges / Divulgação

Cerca de 10% das espécies de vertebrados terrestres estão em risco de extinção nos próximos anos devido a fenômenos naturais como terremotos, furacões, vulcões e tsunamis. No Brasil, duas espécies estão particularmente ameaçadas: o lagarto-da-areia (Liolaemus lutzae), encontrado na costa fluminense, e o rã-grilo-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus cambaraensis), que habita as regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


As conclusões são do estudo “A global map of species at risk of extinction due to natural hazards” realizado por um grupo de cientistas de diferentes centros de pesquisas e universidades brasileiras.


O estudo mapeou como a ocorrência e magnitude desses fenômenos naturais afetam a distribuição de anfíbios, aves, mamíferos e répteis. Para identificar as espécies mais vulneráveis, os cientistas consideraram aquelas com menos de mil indivíduos na natureza ou com áreas de habitat menores que 2.500 quilômetros quadrados. Espécies em tais condições têm, em geral, mais dificuldades para se reproduzir e recuperar suas populações após eventos naturais críticos.


O estudo revela que a região neotropical, que vai do sul do México até o norte da Argentina, abriga quase 40% das espécies ameaçadas. No entanto, 70% das espécies mais suscetíveis estão restritas a ilhas, como o papagaio-de-são-vicente (Amazona guildingii) nas Pequenas Antilhas. Além disso, aproximadamente 30% das espécies ameaçadas vivem fora de áreas protegidas, aumentando seu risco de extinção devido ao impacto humano.

O pesquisador da Universidade de Copenhagen, Fernando Gonçalves exemplifica que espécies como o urso panda, na China, e o beija-flor-de-barriga-safira, na Colômbia, também estão ameaçadas. No Brasil, Gonçalves explica que terremotos, furacões e tsunamis são geralmente de baixa magnitude.


“Apesar de o Brasil não estar próximo às bordas das placas tectônicas, temos falhas geológicas que podem gerar atividade sísmica”, afirma. “Quanto aos tsunamis, eles geralmente estão associados a deslizamentos submarinos ou terremotos distantes”.

As conclusões do estudo evidenciam a necessidade de ações intensivas e urgentes de conservação dessas espécies e de seu ambiente.


“Além dos impactos humanos, a frequência e a magnitude dos fenômenos naturais impulsionados pelo clima, como por exemplo furacões, devem aumentar nos próximos anos”, lembra Gonçalvez. O pesquisador frisa que os impactos desses eventos na biodiversidade, apesar de ainda pouco estudados, podem ser significativos.

Carolina Carvalho, cientista do ITV, destaca que a mitigação das ameaças combinada com a conservação no local onde as espécies ocorrem (in-situ), ou em outras áreas (ex-situ), pode ser vital para preservar espécies com tamanho populacional pequeno que também estão expostas a riscos naturais.


“É necessário investimentos contínuo e crescente na proteção de habitats, restauração, e manejo de populações pequenas para diminuir o impacto dos riscos naturais na biodiversidade”, destaca Carvalho. Ela ainda complementa que o estudo contribuiu como uma primeira visão global das espécies e áreas que requerem ações de conservação urgentes para minimizar as extinções”, destaca.

Fonte: Vale

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