Festival CineLatino exibe filmes do cinema afrobrasileiro
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Festival CineLatino exibe filmes do cinema afrobrasileiro


Frame do filme "Café com canela", de Ary Rosa e Glenda Nicácio (Brasil), que será exibido no festival

A partir desta quarta, dia 02 de junho, tem início o Festival CineLatino 2021, festival que exibe filmes latinoamericanos e espanhóis nas cidades alemãs de Tübingen, Stuttgart, Freiburg e Reutlingen todos os anos. Neste ano, o festival tem como novidade exibições de títulos do "Novo Cinema Afrobrasileiro", como resultado de uma parceria entre a UFF e a Universidade de Tübingen.

Da sala de aula para a tela

No semestre de inverno de 2020, a Universidade de Tübingen em parceria com a Universidade Federal Fluminense no Brasil e a Université Cheihk Anta Diopé (UCAD) no Senegal, realizaram um curso em conjunto chamado “Lugares de Mal Estar” sobre a diáspora negra africana na América Latina. A aula compõe parte de um projeto de cooperação internacional em andamento entre Tübingen e a Universidade Federal Fluminense que se chama “Territórios Desconfortáveis: imagens, narrativas e objetos do Sul Global”.

O objetivo deste projeto é refletir sobre uma trajetória pós colonial na América Latina e os resíduos, ruínas e restos desta trajetória que seguem nos assombrando no presente. Entre tantas violências da experiência colonial, uma das mais marcantes e fundantes do que é hoje a América Latina é o genocídio negro africano que segue, de formas diversas, em aberto, produzindo opressão e mortes.

Segundo Roberto Robalinho, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF (PPGCOM/UFF), pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas do Sul Global da UFF (TRAVESSIA/UFF) e atual pós-graduando desse projeto de parceria internacional (UFF/Un.Tübingen), a partir das discussões da disciplina nasceu o desejo de propor uma janela para a produção de um jovem e novo cinema Afro Brasileiro dentro do Festival CineLatino 2021. "Fizemos o convite à Tatiana Carvalho, uma jovem pesquisadora e curadora negra brasileira que tem se despontado como representante desta nova geração de realizadores, críticos e teóricos afrobrasileiros, para que nos apresentasse um pedaço dessa nova produção", conta Robalinho.

Novos (re)arranjos da vida na tela Vale ressaltar que o novo cinema Afrobrasileiro não é apenas a expressão de uma resistência à anos de violência, é muito mais do que isso. É um cinema pulsante que vem desarranjando uma ordem estética e propondo novos olhares, saídas e mundos possíveis. Mais do que reparação histórica e revisão do que se passou, estes jovens cineastas pretos e pretas apontam para um futuro e através de seus corpos, na linha de frente das câmeras, transfiguram nosso próprio presente.

O festival, que se iniciou em 1994, será híbrido neste ano, com exibições presenciais e online. Além dos títulos brasileiros, conta com filmes de diversos países, cujas exibições acontecerão até o mês de julho. Mais detalhes no site acima e no Instagram do evento.

Fonte: UFF

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