Filha de Flordelis se automutilou após ser chamada de lixo
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Filha de Flordelis se automutilou após ser chamada de lixo


Nesta sexta-feira (27), foram ouvidas as testemunhas de acusação do caso Flordelis na 3ª Vara Criminal de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Foi a segunda audiência com a presença de todos os 11 acusados de participação no assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado, inclusive a viúva, a deputada federal Flordelis, acusada de ser a mandante do crime. Ela é a única que não está presa porque tem imunidade parlamentar.

Usando uma saia comprida, que escondia a tornozeleira eletrônica que carrega desde 8 de outubro, Flordelis chegou à Vara Criminal pouco antes da hora marcada, às 9h, visto que na primeira audiência ela levou bronca da juíza Neares dos Santos Arce por ter chegado atrasada. Cercada por jornalistas, ela falou mais uma vez que é inocente.

Uma das partes mais marcantes da audiência foi quando o assistente de acusação, Ângelo Máximo, apresentou fotos em que aparecem o braço de uma das filhas adotivas da deputada, de 15 anos, mutilado por estilete e escrito "EU S LIXO" - o Globo teve acesso às imagens. Uma das testemunhas ouvida na audiência, ré pela morte do pastor, afirmou que a adolescente se automutilou após uma briga com Flordelis em que foi chamada de lixo pela deputada. Uma foto foi obtida pelo Globo.

"A Flordelis ficou com raiva de alguma coisa e descontou na menina. Disse que ela era um lixo, que não era a filha que ela queria. E falou que se ela (filha) não parasse, daria motivos para chamarem ela de assassina. De certa forma, disse que mataria a criança, né?", relatou a testemunha.

Um especialista que acompanhou a audiência considerou que o caso apresentado pelo assistente de acusação serviu para reforçar um perfil de Flordelis completamente oposto ao do que ela tenta passar para a opinião pública. E vem reforçar também o que disse, em depoimento na primeira audiência, o delegado Allan Duarte, que comandou as investigações do crime como titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, quando foi taxativo ao afirmar: "Na verdade, esse assassinato não teria ocorrido sem ela. De todos os sentados ali respondendo por esse crime, ela é a mais perigosa", disse, apontando para Flordelis.

Vestido longo da deputada Flordelis escondeu a tornozeleira durante a segunda audiência de acusação (Reprodução)

A primeira testemunha ouvida nesta sexta-feira foi Luana Rangel, nora de Flordelis, que confirmou perante a juíza Nearis Arce que o pastor sabia do plano para matá-lo.

Uma assessora de Flordelis foi expulsa da audiência pela juíza. Assessora parlamentar, Paula Barros interferiu no depoimento, acusando a testemunha de acusação, Regiane Ramos, de falso testemunho.

Ramos é dona da oficina em que Lucas César dos Santos, preso por participação na morte do pai, trabalhava antes do crime e reafirmou a história de que Lucas teria recebido uma mensagem pelo Whatsapp com o plano para matar o pastor. Na época, Lucas teria comentado sobre a proposta e enviado a mensagem para ela ler. Em setembro último, ela também denunciou ao Ministério Público que uma bomba foi jogada em sua residência como um recado "para calar Lucas".

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