Filho de Cabral pagava policiais para transportarem dinheiro ilegal
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Filho de Cabral pagava policiais para transportarem dinheiro ilegal


José Eduardo Cabral, o Zé Cabral, filho do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (Reprodução)

Segundo as investigações da Polícia Federal, José Eduardo Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, apontado como gerente de uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de cigarros, "contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenado por policial federal e integrado por policiais militares e bombeiros". O empresário seria o responsável também por efetuar pagamentos (propina) a segurança paralela para transportar dinheiro proveniente da atividade ilícita.


Zé Cabral, como é conhecido, está preso no Presídio José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio, após se entregar na tarde de quinta-feira na Superintendência da Polícia Federal. Ele estava com prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Smoke Free, deflagrada na quarta-feira (23) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF).


Ainda de acordo com a PF, Zé Cabral teria determinado a membros do bando promover a ocultação e dissimulação de valores provenientes de toda atividade criminosa; ordenado o recolhimento, transporte, repasse e depósitos dos valores ilicitamente auferidos; teria promovido a ocultação e dissimulação de valores provenientes de toda atividade criminosa. Ele também teria reinserido o valor proveniente do ilícito nas atividades desenvolvidas pela malta; ordenado a pessoas especializadas e interpostas a realizar a remessa de valores ao exterior em desacordo com os preceitos legais; realizado remessa de valores ao exterior em desacordo com os preceitos legais; retransmitido todas as ordens dos líderes; teria feito pagamentos aos demais membros da malta; cumprido ordem da liderança.


As investigações mostraram que o grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada “é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional”.


Da ação, participaram 300 policiais federais no cumprimento de 27 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.


Na operação, os agentes cumpriram ainda ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões. De acordo com a Polícia Federal, os bens incluíam imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e valores depositados em contas bancárias, entre outros.


Foram presas 13 pessoas e houve apreensão de cerca de R$ 400 mil em espécie, milhares de cigarros clandestinos, veículos de luxo, joias, mídias, celulares, computadores e documentos diversos. As diligências continuam na tentativa de cumprir os mandados de prisão dos demais alvos não localizados na ação da quarta-feira.


A investigação, iniciada em 2020, indicou a ação reiterada de um grupo criminoso entre 2019 a 2022, com falsificação ou não emissão de notas fiscais e que depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas como facções e milícias, por meio de acerto entre elas e o grupo investigado. Como resultado, fazia “a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros ilícitos cometidos”.


A operação teve apoio ainda da Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos (U.S. Homeland Security Investigations - HSI).


Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Se condenados, podem sofrer penas privativas de liberdade que, se somadas, alcançam 66 anos de reclusão, sem contar com as causas de aumento de pena.


A defesa de José Eduardo disse que “mais do que nunca”, o empresário está confiante que a sua inocência será provada ao longo do processo. “A defesa de José Eduardo Neves Cabral tem a absoluta confiança de que, no decorrer do processo, ou quiçá logo no seu início, as provas que serão apresentadas e sua análise confirmarão aquilo que a gente tem sustentado desde o momento em que se soube do decreto prisional: que José Eduardo é inocente. Absolutamente inocente”, disse o advogado Rafael Kullmann à Agência Brasil.


Com a Agência Brasil

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